O Departamento de Emprego e Moradia Justa da Califórnia, nos EUA, está investigando a Riot Games, desenvolvedora de League of Legends, por discriminação de gênero no seu ambiente de trabalho.

O órgão governamental estaria examinando as alegações de discriminação, abuso e assédio de gênero dentro da empresa, e nesta quarta (12) entrou com uma ação para obrigar a companhia a cooperar com a investigação.

O departamento argumenta que a empresa se recusa a compartilhar dados sobre os salários dos funcionários, em busca de disparidade nos pagamentos para homens e mulheres.

Em um pronunciamento ao site Kotaku, a Riot negou que estaria impedindo a investigação:

"Estivemos em conversas ativas com o DEMJ desde que o inquérito começou. Investigações como esta pode surgir quando há alegações de disparidade no lugar de trabalho e estivemos cooperando de boa fé com o departamento para responder suas questões", diz o comunicado. "Durante este período, respondemos prontamente aos pedidos do departamento, e produzimos mais de 2.500 páginas de documentos e milhares de dados de pagamento até agora."

"Também fizemos diversos convites recentes para que o DEMJ participasse em uma ligação conosco para responder a seus pedidos", continuou. "Até o momento, esses convites não foram respondidos, então estamos francamente desapontados em ver o departamento divulgar um comunicado para a imprensa alegando que temos sido não-cooperativos. Estamos confiantes de que fizemos progresso substancial na diversidade, inclusão e cultura da companhia, e estamos ansiosos em continuar a demonstrar isso para o DEMJ."

As histórias envolvendo uma cultura de trabalho sexista da Riot tiveram origem em 2018, por meio de uma matéria do Kotaku e depoimentos de funcionárias e ex-funcionárias. A empresa está sendo processada por discriminação de gênero - o que gerou outra controvérsia, já que cláusulas de contrato impedem ações legais contra a companhia.

Em maio, trabalhadores organizaram uma paralisação e passeata protestando a empresa.