No Brasil, 3 em cada 4 pessoas jogam algum game, conforme revelado pela Pesquisa Game Brasil (PGB) 2022. Celulares, inclusive, continuam sendo a plataforma mais popular entre os brasileiros: 48,3% do público de jogadores no Brasil prefere smartphones.

LEIA MAIS

Em comparação com 2021, trata-se de um crescimento de 2,5 pontos percentuais na quantidade de pessoas que disseram jogar na pesquisa de 2022 (74,5% da população brasileira). Essa é a maior marca histórica registrada pela PGB.

Dados da Pesquisa Game Brasil.
Sioux Group/Go Gamers.

Para 76,5% dos jogadores, os jogos eletrônicos são a principal forma de entretenimento. Esse número apresenta um aumento gradual constantes: eram 57,1% em 2020 e 68% em 2021, totalizando um aumento de 8,5 pontos percentuais na 9ª edição.

A PGB é desenvolvida pelo Sioux Group e Go Gamers em parceria com Blend New Research e ESPM. Em 2022, o estudo ouviu 13.051 pessoas em 26 estados e no Distrito Federal entre os dias 11 de fevereiro e 7 de março.

Assim como em edições anteriores do levantamento, a PGB 2022 mostra que as mulheres são maioria entre o público de jogos eletrônicos no Brasil, sendo 51% dos brasileiros que jogam.

Em relação à etnia dos jogadores, a 9ª edição da pesquisa mostra que a maior parcela do público gamer se identifica como parda ou preta (49,4%, na soma), seguida por pessoas que se declaram brancas (46,6%).

Mais dados da pesquisa.
Sioux Group/Go Gamers.

Já sobre a idade dos jogadores, pessoas de 20 a 24 anos são a maioria, representando 25,5%. Na sequência, a PGB 2022 mostra que o hábito de jogar games é mais comum entre adolescentes de 16 a 19 anos (17,7%) e pessoas de 25 a 29 anos (13,6%). Pessoas entre 30 e 34 anos são 12,9% dos jogadores no Brasil. Os que tem entre 35 e 39 anos, por fim, são 11,2% do público.

No que diz respeito à classe social, a maioria dos jogadores é de classe média (B2, C1 e C2), representando 62,7%. Pessoas de classe média alta (B1) representam 12,3% do público, procedidas pela classe A, que representa 13,5%, e pela base da pirâmide (classes D e E) com 11,6%.

Como dissemos, os smartphones aparecem como a plataforma favorita dos jogadores brasileiros. Em seguida, vêm os computadores (23,3%, somando desktops e notebooks) e os consoles (20%).

Além dos celulares serem os preferidos, também são os dispositivos no qual os jogadores mais jogam. De acordo com o estudo, é nas telinhas que a maioria do público joga todos os dias (33,2%). Nos computadores, quem joga diariamente representa 15,3% dos jogadores do país, e nos consoles, 11,8%.

No entanto, sessões mais longas de jogatinas, como de uma a três horas seguidas, são mais praticadas em computadores (37,9%) e consoles (34,8%). Nos celulares, este dado é de 31,7%, enquanto que jogar por até uma hora é costume de 33,7% do público dos smartphones.

Independentemente da plataforma, um costume cada vez mais comum entre os adeptos de games no Brasil é jogar online. São poucos os que não jogam conectados em rede, compartilhando a experiência com outros jogadores (6,7%) quando comparados com 36,9% do público gamer que joga diariamente online e 28,7% que joga online entre três a seis dias da semana.

Um dos fatores que pode ter contribuído no fortalecimento da relação dos brasileiros com os jogos eletrônicos foi o isolamento social provocado pela pandemia de COVID-19. Segundo a pesquisa, 72,2% dos gamers brasileiros afirmam terem jogado mais durante o período, e 57,9% marcaram mais sessões de partidas online com amigos quando ficavam em casa.

Comprar jogos eletrônicos também foi um comportamento que se manteve entre o público, com a maioria (36%) afirmando ter adquirido até três títulos no último ano. Entre o público que opta por não pagar por jogos, 40,2% apontam os valores elevados como principal motivo.

E por mais que 24,6% dos jogadores tenham afirmado que não gastaram nada em equipamentos para jogos ao longo do último ano, há ainda parcela quase correlata (22,6%) que investiu, pelo menos, até R$ 499,99 em produtos gamers, e outro público considerável (19,9%) que gastou entre R$ 500 e R$1.250 em equipamentos para games.

A PGB 2022 ainda expandiu seu mapeamento em relação ao comportamento financeiro dos jogadores no Brasil e mostra que 78,6% deste público possui cartão de crédito. A comunidade também realiza investimentos, optando majoritariamente pela poupança (36,3%) e renda fixa (21,5%), enquanto 28,2% dos jogadores não investem. Criptomoedas também são fonte de investimento para boa parcela dos gamers brasileiros (17%), e nesta moeda o Bitcoin prevalece com folga entre o público (79,2%).

Com rápida progressão entre o conhecimento dos jogadores brasileiros, ano após ano de levantamento, os eSports agora são conhecidos por 81,2% dos jogadores no Brasil, segundo a PGB 2022 — crescimento de 32,8 pontos percentuais em comparação com a edição de 2021.

Os NFTs (Tokens Não Fungíveis) são outra novidade importante do segmento, e um pouco mais da metade dos jogadores no Brasil (50,8%) ainda não sabem a respeito desses itens "únicos". Entre quem está por dentro do conceito, 32,1% possuem NFTs.

Já o conceito de metaverso aparece com mais popularidade entre os jogadores do Brasil, sendo conhecido por 63,8% da comunidade. Há, ainda, uma parcela considerável de jogadores favoráveis a atividades relacionadas ao conceito de metaverso — 59,3% do público gosta da ideia de ter eventos sociais dentro dos jogos, como assistir a filmes dentro de um jogo, enquanto 51,7% simpatizam com marcas que aparecem dentro dos jogos.