Durante o League10, evento de comemoração dos 10 anos de League of Legends (LoL), a Riot Games acabou de vez com a brincadeira do S em seu nome ao apresentar seus novos jogos, que serão lançados ao longo dos próximos anos.

Dentre os anúncios, aconteceu a revelação de Senna, nova Campeã de LoL; a chegada de Teamfight Tactics (TFT) nos dispositivos móveis e os intrigantes Projeto A e Projeto L. Há ainda um misterioso game de aventura com visão isométrica; um jogo de gerenciamento de pro players e; claro, o trailer de Arcane, a série animada de LoL.

Por fim também foi mostrado o card game Legends of Runeterra; e Wild Rift que se trata da versão mobile do MOBA da Riot Games. No evento de comemoração, havia estações de testes destes dois títulos e o The Enemy teve a oportunidade de testá-los.

Como assim Wild Rift?

Antes de mais nada, vale ressaltar que Wild Rift não é um port de LoL para dispositivos móveis. Na realidade, o game foi feito do zero para plataformas mobile. Isso significa que Wild Rift conta com novos modelos, animações, sistemas de jogo, dentre outras melhorias técnicas e gráficas. 

Preview: League of Legends Wild Rift é acessível, bonito e intuitivo
Riot Games/Reprodução

Não queríamos uma versão idêntica à do PC, mas sim desenvolver o Wild Rift especialmente para novas plataformas, aproveitando a oportunidade para fazer diversas melhorias no jogo”, afirma a Riot Games.

Com o ensejo de refazer o jogo, desta vez para aparelhos mobile, a Riot Games promete entregar uma experiência mais acessível para os jogadores. Essa acessibilidade se refere não apenas às mecânicas de jogabilidade que foram redefinidas para dispositivos móveis, mas principalmente em termos de portabilidade, afinal, será necessário apenas abrir o aplicativo, se conectar e jogar.

O game segue o mesmo modelo da versão de computadores, ou seja, também será free to play e oferece microtransações opcionais para cosméticos. A princípio, a Riot Games lançará Wild Rift com apenas 40 campeões, mas promete ampliar o rol ao longo da jornada.

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Riot Games/Reprodução

Além disso, Wild Rift mantém as batalhas em MOBA com 5v5 jogadores e a desenvolvedora promete que o game rodará em aparelhos móveis antigos também, mas ainda não especificou quais.

No site oficial de Wild Rift, a Riot Games diz que planeja que o game chegue a aparelhos Android com as seguintes especificações: 1GB de RAM, processador Qualcomm Snapdragon 410 e GPU Adreno 306 (um Samsung Galaxy A7, basicamente). No iOS, a intenção é oferecer Wild Rift a partir do iPhone 5S.

Wild Rift também chegará para consoles, mas a companhia ainda não definiu quais plataformas receberão o game. E, antes que você se pergunte sobre transferência de progresso do LoL de PC para a versão mobile, a Riot Games afirma que isso não será possível. 

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Riot Games/Reprodução

Ainda assim, a companhia se comprometeu a dar recompensas para os veteranos de LoL no PC, como forma de agradecimento. “Fornecer suporte multiplataforma entre LoL para PC e o Wild Rift comprometeria a integridade competitiva do jogo”, afirma a Riot Games.

Nós queremos garantir que a mecânica de jogo seja sempre justa e divertida na plataforma que deixar você mais confortável”. Por fim, a versão mobile de LoL não é ambientada em Summoner’s Rift. Aqui, é apresentado um novo mapa: Wild Rift, que está no subtítulo do game.

E como é esse jogo?

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Riot Games/Reprodução

A versão mobile de LoL que testamos no evento de celebração de 10 anos, obviamente, não tinha muitos dos recursos que a versão para computadores tem, afinal, Wild Rift ainda está em desenvolvimento.

Foram duas partidas e, conforme a Riot Games prometeu em sua apresentação, o tempo de duração dos jogos realmente foi reduzido em Wild Rift, durando entre 15 e 20 minutos - às vezes menos, até. Isso porque o novo mapa é um tanto menor, com menos torres em ambos os lados. 

O Barão Na'Shor ainda estava presente na versão de testes, mas os itens consumíveis não. Além disso, no rol de campeões, estavam apenas uma pequena parcela. Nas duas partidas que tive acesso, usei Annie e Orianna, respectivamente.

Preview: League of Legends Wild Rift é acessível, bonito e intuitivo
Riot Games/Reprodução

No que se refere às mecânicas de jogabilidade, o jogador usará o dual-stick para controlar o campeão, sempre usando comandos touch. Do lado esquerdo da tela está posicionada o analógico de movimentação do boneco e, do lado direito, ficam alinhadas as habilidades e outros botões de ação como ataque, falas e a Ult.

A princípio, achei esquisita a movimentação via touch, em especial a mira dos ataques (a esfera da Orianna, por exemplo, parecia não estar muito bem alinhada e ela, vez ou outra, atacava os minions mais próximos ao invés dos campeões que se aproximavam). Todavia, o gameplay é bastante intuitivo, o que significa que a curva de aprendizado é pequena e prática.

O fato de que são menos campeões também pode ajudar os jogadores a se sentirem mais confiantes para experimentarem novos personagens - e por tabela, menos intimidados a mergulharem na lore de LoL.

Preview: League of Legends Wild Rift é acessível, bonito e intuitivo
Riot Games/Reprodução

Durante os testes, tentamos ao máximo pensar como alguém reagiria se estivesse tendo contato com LoL pela primeira vez e, logo de cara, essa aproximação acontecesse através de um dispositivo móvel. 

A conclusão foi apenas uma: Wild Rift cumpre bem seu papel de apresentar LoL de forma rápida, intuitiva e acessível para jogadores de primeira viagem; além de oferecer gráficos otimizados. 

Para os veteranos, talvez pareça esquisito no início como foi conosco, mas a familiarização com os comandos e principalmente com o mapa, acontece de forma bem rápida e natural.

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Riot Games/Reprodução

De toda forma, Wild Rift já está em período de pré-inscrição e sem previsão de lançamento. As fases alpha e beta do game acontecer ainda neste ano na China e no restante do mundo, os jogadores poderão testá-lo em 2020, segundo a Riot Games.