Um trecho inédito de Sonic Frontiers foi apresentado aos jornalistas durante a Gamescom 2022. O gameplay em questão mostra uma nova ilha, mais inimigos e a volta de um personagem muito querido pelos fãs do mascote da SEGA.

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A apresentação começa com uma contextualização básica da história do jogo: quando Sonic e amigos vão investigar Paradise Island, eles acabam sendo sugados para o Cyber Space, e apenas Sonic consegue escapar. Depois disso, o ouriço vê os amigos presos em jaulas e, para salvá-los, ele precisa tirá-los do Cyber Space.

Sonic observa o horizonte.

Meu gameplay se passa na segunda ilha do jogo, a Ares Island. Ao contrário da primeira ilha — a mesma que o PH conheceu durante o Play Days do Summer Game Fest —, que era repleta de vegetação e paisagens paradisíacas, Ares Island é uma região desértica com ruínas antigas. Nela, o objetivo de Sonic é salvar Knuckles, que está preso no Cyber Space.

Sonic precisa procurar os chamados Memory Token, peças fundamentais para garantir a liberdade do amigo. Para isso, é necessário eliminar inimigos pelo cenário e garantir Portal Gears, que permitem o acesso ao Cyber Space. Dentro do mundo digital, Sonic tem uma série de desafios, que vão desde coletar todos os itens até completar a fase dentro de um prazo específico, a fim de conseguir as chaves necessárias para liberar a Chaos Emerald.

Ao que tudo indica, esse é um processo padrão que vai se repetir em cada ilha, variando os desafios e as particularidades de cada local e suas respectivas ameaças. E, pelo menos no trecho disponibilizado para o meu gameplay, não havia qualquer tipo de indicação de por onde começar essa busca. É como se o Sonic, de fato, fosse jogado nesse mundo misterioso e precisasse descobrir por si só as pistas para dar os próximos passos.

Sonic corre na floresta.

Olhei ao redor e decidi seguir para uma região com trilhos suspensos e anéis prontos para serem coletados. Fui interrompida, no entanto, pelo meu primeiro grande inimigo saltando entre ondas de areia: um tubarão robótico gigante.

Apesar do susto, o animal não parecia muito preocupado com a minha presença. De qualquer forma, decidi enfrentá-lo. Antes do ataque ser possível, foi preciso "domá-lo": agarrar a cauda do tubarão enquanto ele emergia da areia e passava pelo ar pronto para mergulhar novamente.

Com Sonic agarrado à cauda, o tubarão saiu em zigue e zague pelo deserto e, após algumas voltas, o jogo apresentou sequências de quick time event em que era preciso ser ágil ao apertar os botões solicitados no momento certo. Se bem-sucedido no objetivo de se manter preso ao animal arisco, Sonic pode, então, avançar para o tronco do tubarão e, só então, começar a atacá-lo.

Sonic aparece preocupado com algo.

É possível acertá-lo diretamente com chutes, ataques especiais ou usando o looping no chão para causar dano ao animal. Durante minha batalha, o tubarão mergulhou novamente algumas vezes e me fez repetir todo o processo até o final, me deixando um pouco frustrada, mas um pouco mais esperta para a próxima investida.

Vale notar que, conforme a vida do inimigo diminuía consideravelmente, ele também reforçava os próprios ataques com mísseis dos quais o ouriço precisava fugir. Quando finalmente causei todo o dano possível no tubarão, ganhei meu primeiro Portal Gear.

Ficou claro que, caso eu não quisesse mais enfrentá-lo, eu poderia simplesmente dar as costas e continuar meu caminho em um desses mergulhos do bicho na areia. Sonic Frontiers faz de tudo para que o jogador se sinta livre para se engajar naquilo que realmente quiser. Você pode focar em enigmas, enfrentar inimigos menores, caçar segredos pelo mapa, ou, quem sabe, apenas resgatar Kocos enquanto descansa de uma batalha. Evidentemente, para atingir o objetivo final naquela ilha, você precisa ir atrás das Memory Tokens e seguir todo o processo mencionado anteriormente. Entretanto, quando e como você vai fazer isso, fica a seu critério.

Sonic em paisagem noturna.

Por falar nos simpáticos Kocos, as criaturinhas estão escondidas por toda a ilha. Eles fazem um barulho parecido com o de um sino, o que ajuda os jogadores a encontrá-los. Sempre que eu ouvia o tilintar, procurava ao redor e não demorava para encontrar uma dessas criaturinhas perdidas. Após coletá-los, Sonic poderá levá-los a Elder Kocoa em troca de melhorias na velocidade máxima e na capacidade de coletar os anéis.

Em outro momento de exploração do deserto, avistei o que parecia ser um oásis no meio do horizonte de areia e decidi mudar meu curso até o local. Lá, conheci Hermit, uma espécie de ancião que coleta sementes de defesa e ataque, além de melhorar tais habilidades de Sonic.

Enquanto voltava ao que parecia o centro do deserto, em busca de novas atividades, pude presenciar um fenômeno aleatório chamado Starfall. Funciona como uma chuva de meteoros que adiciona novos minigames ao jogo: no meu caso, Sonic precisava pegar fragmentos de estrela de uma cor específica (roxa) antes que a luz irradiada por ela mudasse de cor. A cada fragmento roxo coletado, uma moeda era adicionada a um contador no topo da tela ao lado de uma slot machine, que é acionada enquanto durar o evento. Infelizmente, não tive sorte em nenhuma das rodadas, então, não sei dizer o que eu de fato ganharia se fizesse um jackpot. Ainda assim, me diverti esquecendo de meu real objetivo e testando minha velocidade entre os feixes de luz (sorry, Knuckles).

Esse fenômeno tem outra característica curiosa: faz com que itens já coletados ressurjam no cenário – mas, por outro lado, também revive os inimigos. Pelo que deu a entender, o fenômeno em questão acontece aleatoriamente durante a exploração das ilhas e, novamente, cabe ao jogador participar ou não.

Sonic com cara de chapado.

Confesso que a premissa de deixar o jogador livre para escolher como quer direcionar a própria jornada me pareceu, em alguns momentos, libertadora; em outros, um tanto confusa.
Houve ocasiões em que senti que eu preferia, de fato, ter um caminho mais linear para seguir. Ao mesmo tempo, não descarto a possibilidade de que isso seja apenas a falta de costume e o apego aos jogos anteriores de Sonic falando mais alto.

Ciente de que o conceito das Zonas Abertas representa uma mudança que parece ter vindo para ficar, parece prudente, por ora, lembrar do que o próprio Sonic Team promete com Frontiers: um jogo puramente de ação, que mantém o foco na essência do ouriço e na mecânicas que valorizam a velocidade, em uma região aberta, não linear e livre para ser explorada. Foi exatamente isso o que esse breve gameplay me entregou.

Sonic Frontiers será lançado em 8 de novembro para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One, Nintendo Switch e PC.