Todo mundo fica feliz quando uma desenvolvedora mostra que soube ouvir as críticas na hora de produzir a sequência de um jogo. Pois foi deste jeito que a Codemasters conseguiu fazer de F1 2016 uma espécie de “versão completa” do jogo que foi lançado no ano passado.

Além de detalhes, como a entrada do safety car na pista, foi corrigido o problema da falta de opções de jogo. O destaque, é claro, vai para o tão desejado modo carreira, que enfim foi adicionado. Agora é possível criar seu próprio piloto para traçar uma trajetória na principal categoria do automobilismo mundial.

Apesar das poucas opções para personalização e das interações fora das pistas se resumirem a ficar sentado em uma mesa em frente a um laptop e um celular, mudando apenas a paisagem de acordo com o circuito que irá correr, a experiência é bastante satisfatória.

Cabe ao jogador escolher em que equipe irá começar sua carreira, podendo optar por uma equipe menor, ou evitar dificuldades e ir logo para uma Mercedes, mas dentro da escuderia sempre terá a briga para ser o primeiro piloto e a rivalidade com seu companheiro.

Durante o final de semana, até mesmo as três sessões de treinos livres valem a pena ser disputadas. Nela, o jogador pode conquistar pontos para serem utilizados no desenvolvimento do caso. Assim, nada de reclamar que seu companheiro de equipe é privilegiado, já que as melhorias do seu carro dependem exclusivamente do seu desempenho.

Além de pontuar cumprindo objetivos estipulados pela equipe, como uma determinada posição no grid, volta mais rápida, e etc., existem outras três tarefas a serem cumpridas. A primeira delas é a “Aclimatação de pista”, em que o piloto tem um primeiro contato com o circuito, somando pontos ao cruzar “portões” que mostram o melhor traçado.

Há também o desafiador “Gerenciamento de pneus”, em que se deve somar uma determinada pontuação mínima em três voltas rápidas cujo principal objetivo é controlar o desgaste dos pneus. Aprender a atacar da forma correta cada curva, bem como ajustar o carro, é fundamental, mas, como na vida real, os pneus se comportam diferente em cada pista do calendário.

Por fim, o “Ritmo de classificação” dá três voltas para conseguir fazer um tempo determinado como aceitável para brigar por uma boa posição na definição do grid de largada.

Como sempre, há diversas formas de definir o grau de dificuldade do jogo, desde a básica opção do nível, que regula principalmente a IA, até a escolha de quais auxílios terá na hora da pilotagem.

Contudo, até mesmo no mais fácil dos modos, o momento da largada foi melhorado e já não basta mais ficar acelerando até que as luzes vermelhas se apaguem e o carro começa a andar. Agora o jogador tem o controle sobre a embreagem e, se soltar o botão antes da hora, poderá queimar a largada e ser punido por isso. Por outro lado, se não tiver uma reação rápida, verá os rivais largarem na frente.

Para os fãs mais experientes, o modo “Pro” está de volta com sua simulação completa, sem ajudas, visão travada de dentro do cockpit e informações chegando apenas no volante ou pelo rádio.

O ponto negativo fica para o modo multiplayer. Mais uma vez não há a possibilidade de enfrentar um amigo com tela dividida, restringindo as disputas ao modo online. Lá, tudo ganha ares de “Corrida Maluca” e não demora mais do que duas ou três curvas para vir a frustração com um toque na traseira, ou então com alguém que defende a posição jogando o carro sobre o adversário.

F1 2016 está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC (Steam). O game foi testado em um PlayStation 4. Clique no nome das plataformas para conferir o preço do jogo em suas versões digitais.

Nota do crítico