Demorou um pouco para o público sacar que Ghost Recon: Wildlands não era um Far Cry ou um Rainbow Six. É inegável a semelhança entre os jogos lançados pela Ubisoft nos últimos anos. No estande da empresa da E3 2015, porém, uma coisa diferencia esse game dos demais: a ambição. Bonito e vasto como nenhum outro jogo da feira, esse é o título que carrega de novo o selo da grandiosidade que os franceses procuraram com Watch Dogs. "Somos o maior RPG de ação já feito pela Ubi, algo como você nunca viu antes", disseram os representantes da Ubi durante a demo, em uma apresentação tão teatral que as vezes era difícil de ser levada a sério.

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Tirando a encenação de seus produtores, Wildlands é realmente de impressionar. O cenário da demo jogada ao vivo era a Bolívia, e o mapa não tinha fim. Não dava para ver onde terminava o terreno. Quanto mais andava, mais horizonte existia e mais possibilidades apareciam. Florestas, desertos, comunidades. Tudo exemplificado nas quatro telas de Xbox One colocadas a nossa frente.

Enquanto a missão corria, cada um dos soldados estava em um lugar diferente, cada um com uma ação distinta. Um perseguia um alvo entre as árvores; outro esperava na base no meio do deserto; o terceiro dirigia um jipe até o esconderijo inimigo; e o último seguia de moto até o ponto onde estava o briefing do objetivo. Visão em terceira pessoa, iluminação e física do ambiente impecáveis. Era difícil não se deixar levar pela beleza dos gráficos.

Depois da exploração, os produtores começaram a mostrar partes do combate de Wildlands. Nenhuma novidade. Visão em terceira pessoa, de quatro a cinco opções de armas, possibilidade de fazer um inimigo de refém e todos os outros apetrechos que os jogos de tiro oferecem atualmente. A diferença maior fica para a cooperação entre os quatro, que pode interferir no combate de um jeito mais dinâmico - distraia o capanga com um tiro e depois deixe que eu ataco ele pelas costas. A parte do controle de veículos foi a que pareceu mais interessante, não pela jogabilidade em si, mas pela quantidade de automóveis. Estavam à disposição do grupo motos, jipes, carros comuns, helicopteros e tudo mais que um arsenal militar pode oferecer.

Alguns minutos após um passeio deslumbrante pelo mapa, chegou a hora de realmente agir. Os quatro estavam em lugares diferentes e precisavam se encontrar em um ponto estratégico. Acompanhamos mais os dois jogadores no helicóptero, um piloto e um na metralhadora. Toda a operação foi feita de forma ensaiada, é claro, mas com uma gama de alternativas bem extensa e com um cenário de encher os olhos. Os objetos espalhados pela vila onde o alvo a ser extraído estava foram completamente destruídos. Carros, casas, caixas, tanques. Tudo explodido e feito em pedaços. No fim da missão, depois de colocar o refém no porta-malas refém e leva-lo em um automóvel pelo deserto, os quatro se encontraram em um terreno vasto, no deserto.

Os controles e a missão mostrada nessa demo ao vivo de Wildlands foram simples. Ao lado dessa simplicidade está um trabalho gráfico exuberante e uma necessidade alta de cooperação, seja ela local ou online. Isso é o DNA de Ghost Recon, mas com uma nova pegada, voltada para o mundo aberto e controles mais aparentemente mais fáceis de dominar. Há muito potencial envolvido e um equipe competente por trás de todo o projeto. A expectativa fica para que tudo isso que vimos seja cumprido no dia do lançamento.