VALORANT: Spacca e Let analisam Masters Reykjavik e veem Brasil com boas chances

A dupla falou sobre os possíveis adversários mais perigosos que o Brasil pode ter pela frente, metagame das regiões internacionais e mais

Por Jairo Junior 23.05.2021 15H03

O Masters Reykjavik de VALORANT começa nesta segunda-feira (24) e a ansiedade dos fãs já está a mil. Como aquecimento para a competição Mundial, o The Enemy convidou Spacca e Letícia Motta para analisarem as chances de título de Vikings e Shakrs e os adversários que vêm pela frente.

Assim como os fãs, a dupla admitiu que também está ansiosa pelo Masters e não vê a hora do início oficial. Spacca e Let querem assistir o Brasil contra as equipes ao redor do mundo e destacam a importância histórica da competição por ser o primeiro embate entre regiões que o mundo verá no VALORANT.

Sobre os oponentes dos times brasileiros, Spacca indicou que as regiões mais fortes são a da Europa e da América do Norte, como esperado. Porém, ele afirma que também é preciso ficar atento aos demais times na disputa.

"Meu receio são os adversários que não tem tanta expressão, que é o caso da X10 [Tailândia] e a NUTURN [Coréia do Sul]. Eu assisti aos jogos desses times e acredito que a VKS tenha uma vida mais tranquila na primeira rodada. Já a Sharks precisa ficar atenta porque a NUTURN é um time que pode surpreender, mesmo eu achando que os brasileiros têm um time mais estruturado", alertou Spacca.

Letícia ainda vê a Europa acima da América do Norte em alguns pontos e acredita que esta pode ser a maior pedra no sapato dos brasileiros.

"Os dois times da Europa são muito fortes. Eles tem muita mira e um grande potencial estratégico, além dos jogadores terem mais experiência que a Sentinels por exemplo, que embora conte com jogadores que já tenham disputado em outros jogos, também tem alguns atletas muito novos", disse Letícia Motta.

Quando o assunto é o lado individual dos pro players, Spacca afirmou que quatro brasileiros podem se sobressair, além de outros nomes internacionais. Letícia focou nos adversários e citou os que o Brasil precisa tomar cuidado redobrado.

Nomes citados por Spacca:

  • Saadhak e sacy - Vikings

  • gaabx e prozin - Sharks

  • Sick e Tenz - Sentinels (América do norte)

  • Jamppi, ScreaM - Liquid (Europa)

  • Derke - Fnatic (Europa)

  • Vanity - Version1 (América do norte)

  • delz1k - KRU Esports (LATAM)

Nomes citados por Letícia:

  • Sick/Tenz - Sentinels (América do norte)

  • Scream/Jammpi da Liquid (Europa)

  • Doma/Boaster - Fnatic (Europa)

Sobre o metagame utilizado pelas equipes internacionais, tanto Spacca quanto Letícia apontaram que o uso de flashes é um ponto fortíssimo de muitos times. A caster ainda ressaltou que mais importante que jogar no meta é ter noção de como jogar contra ele.

"Uso como exemplo o jogador da X10, o Crws, que joga de SKYE como se fosse duelista. Ele não usa o pássaro muito pra pegar informação, mas sim para pegar abates a curta distância. Acho que teremos que esperar os jogos acontecerem pra entender isso com mais precisão", exemplificou spacca.

Para Letícia, a maneira como as equipes ao redor do mundo utilizam flashes e smokes para controlar o mapa e as entradas, principalmente se utilizando de Breach, Skye e Brimstone, pode dificultar o jogo brasileiro, que mais dependente da bala mas não também não é menos eficiente. "Você pode tanto acelerar quanto jogar mais lento, pois o Brim abre muitas oportunidades, ainda mais com o estimulante e a sua ultimate. Hoje em dia também vemos uma forte presença de Astra/Viper como um combo extremamente poderoso, mas que a VKS já mostrou que entende como funciona também", opinou Let, que completou falando sobre a coordenação das plays. "Acho que o meta fundamentalmente é saber os timings de skills, saber o que foi gasto pelo adversário e o impacto direto que isso tem. Mas o mais importante é como responder uma skill no mapa e como contestar uma play."

Apesar dos muitos desafios que terão pela frente, os representantes brasileiros chegam no Masters Reykjavik com moral. Parte da torcida os considera como franco favoritos, enquanto a outra também vê chances, mas de forma mais conservadora.

Tanto Spacca quanto Letícia também enxergam o Brasil como a região Major que é e opinaram sobre as reais chances que Vikings e Sharks tem no campeonato:

"Franco favorito eu acho exagero, mas o Brasil chega com reais possibilidades de um Top 3”, falou Spacca. “Acho que a VKS tem a possibilidade de chegar até um pouco mais longe que a Sharks, mas isso não tira a chance dos Tubarões surpreenderem", completou. 

"Eu acho que a VKS é o time com maior potencial, mas mesmo assim terá que passar por grandes desafios como o jogo europeu mais cadenciado e a explosão da Sentinels. Acredito que dá perfeitamente para, no mínimo, chegarmos numa semifinal, o que já seria um resultado fantástico", disse Letícia.

O Masters Reykjavik acontece entre 24 e 30 de maio com uma premiação total de US$ 600 mil - aproximadamente R$ 3,22 milhões. As estreias brasileiras estão marcadas para 24 e 25 de maio, nos seguintes horários:

24/05 às 17h: Sharks vs NUTURN

25/05 às 12h: Vikings vs X10 Esports

Você também pode conferir todo o calendário, as escalações dos times participantes e um guia completíssimo sobre o Mundial de VALORANT em nossa matéria especial sobre o assunto.