As diferenças entre as filas ranqueadas de VALORANT, do Brasil e Europa, tornaram-se um assunto recorrente na comunidade. Afinal, esta é a primeira vez que profissionais brasileiros têm a chance de viver estas duas realidades para opinar sobre o assunto com mais propriedade. Inclusive, foi o que fez Sutecas, da Team Vikings, em entrevista exclusiva ao The Enemy.

O brasileiro não classificou nenhuma das duas regiões como pior ou melhor, de uma forma geral. Mas ele apontou diferenças claras que enxergou ao jogar no Brasil e Europa, as quais também ditam a forma como os jogadores destes cantos do mundo jogam.

Segundo Sutecas, o forte do europeu está mais virado para o trabalho em equipe. Já o brasileiro, agressivo como costuma ser nos jogos, tem a mira mais perigosa e calibrada.

"As filas ranqueadas da Europa são um pouco piores em alguns sentidos e melhores em outros. O ponto positivo é que os jogadores sempre tentam jogar em conjunto, fazem tudo chamando seus companheiros de equipe e não costumam fazer coisas aleatórias. Eles realmente treinam para jogar bem e isso é bom porque, de certa forma, as filas ranqueadas daqui te preparam para um possível time no futuro. Na do Brasil é ao contrário pois acontece muita aleatoriedade, os jogadores jogam muito individualmente e isso é errado. Ao mesmo tempo, o nível de jogadores, individualmente falando, é muito abaixo perto do Brasil. Essas são as principais diferenças das ranqueadas das duas regiões."

Sutecas não foi o único a falar das filas ranqueadas da Europa. Seu companheiro de time, Sacy, chegou a dizer que sofria mais com os Diamantes no Brasil do que Imortais na Europa. O jogador também comentou sobre armas usadas, agentes preferidos e até da toxicidade que, por incrível que pareça, é maior por lá.

Como a maioria deve saber, a Vikings e também a Sharks, estão jogando as ranqueadas da Europa pois estão na Islândia para disputar o Masters Reykjavik - primeiro Mundial da história do VALORANT. De acordo com Sutecas, eles estão treinando normalmente com os times internacionais e não tiveram problemas quanto a isso. O pro player também disse que "os treinos estão sendo bem produtivos e benéficos para nós".

Sutecas também comentou sobre os possíveis adversários que terão pela frente. A estreia do time será contra X10 Esports, da Tailândia, que não é considerado o adversário mais perigoso da competição. Ainda assim, é justamente na estreia que o nervosismo pode atingir até mesmo os melhores jogadores e, por isso, a Vikings terá o suporte e o acompanhamento de um psicólogo.

"O nervosismo é uma coisa natural e a gente não consegue evitar, como nosso psicólogo mesmo fala", admite Sutecas. "Todo mundo sente ansiedade antes de qualquer partida ou campeonato, seja no futebol, tênis ou esports. O que muda é a forma como você vai se preparar para isso", completou explicando.

Os machados e olhares dos Vikings estão mais vidrados em Team Liquid, Fnatic, Sentinels e Version1, que são os dois representantes da Europa e América do Norte, respectivamente. O próprio Sutecas classificou estas regiões como possíveis adversários mais fortes.

"São regiões que sabem jogar muito bem em equipe e utilizam muito bem as skills. Até quando parece que o cara está jogando sozinho na verdade está jogando junto, são regiões bem chatas de enfrentar", pontuou Sutecas.

Apesar de todas as dificuldades que os brasileiros terão pela frente, a confiança segue no mais alto nível possível: "Nossos treinos também estão indo bem e sinto que estamos evoluindo e absorvendo muita coisa. Querendo ou não, enfrentando esses estilos de jogos diferentes, acabamos aprendendo algumas coisas que não sabíamos. De uma forma geral, não dá pra garantir nada só falando, mas admito que estou bem confiante para este campeonato e acredito que meu time também está".

Acompanhe a trajetória das equipes brasileiras no Mundial de VALORANT, ao vivo, a partir de segunda-feira (24), no canal oficial do Valorant na Twitch.

24/05 às 17h: Sharks vs NUTURN

25/05 às 12h: Vikings vs X10 Esports