O RPG de terror Lovecraftiano The Sinking City que havia sido retirado das distribuições digitais por duas vezes, uma ano passado e outra em janeiro, retornou à Steam, mas aparentemente a versão disponibilizada não é a versão mais recente feita pela desenvolvedora Frogwares.

Segundo a desenvolvedora, a publisher Nacon - que seria a suposta responsável por trazer The Sinking City de volta à Steam - estaria devendo em torno de €1 milhão em royalties por não ter repassado os devidos pagamentos durante o processo de desenvolvimento do jogo, e ter requisitado direitos de propriedade intelectual sobre o título, criando uma disputa legal entre a Nacon e a Frogwares.

The Sinking City da Frogsware
Divulgação / Steam

Após o anúncio da desenvolvedora sobre essa disputa e a suposta dívida da Nacon, em agosto de 2020, diversas lojas digitais, inclusive a Steam, retiraram The Sinking City de suas plataformas a pedido da Frogwares, mas, em outubro, a corte que julgava o caso entendeu que a remoção do título antes do término da disputa configura uma quebra de contrato por parte da desenvolvedora que foi obrigada a disponibilizar o título novamente. Em janeiro o jogo retornou à Loja Microsoft e à Steam, mas pouco tempo depois o jogo desapareceu novamente sem qualquer explicação.

Na última sexta (26), The Sinking City foi disponibilizado mais uma vez na Steam, mas supostamente não seria a mesma versão do jogo desenvolvida pela Frogwares, segundo alegações da própria desenvolvedora, e seria uma build antiga do jogo. Uma das reviews do jogo na plataforma alega que de fato a versão que está acessível não é a mesma de janeiro, com DLCs faltando, além das funções de conquistas e salvamento de progresso na nuvem.

Devido esta alegação por parte da própria Frogwares, é pouco provável que a equipe que desenvolveu o jogo tenha colocado ele novamente na loja, então o mais provável é que a Nacon seja a responsável, especialmente por não se tratar da versão final.

Em declaração ao site Kotaku sobre a situação, a Nacon não afirmou ter sido responsável por trazer o jogo de volta às plataformas de distribuição, mas adereçou especificamente a declaração da Frogsware. Segundo a publisher que enfatizou ter sido uma das principais financiadoras do projeto, o posicionamento da Frogsware em suas redes sociais foi uma carta aberta "com o intuito de desmerecer a Nacon perante a comunidade e os profissionais da área", por se tratar de um acordo que ainda está tramitando nas cortes e cujo anuncio, mal interpretado, ainda está há meses de ser finalizado.