Graças a uma suposta falha de segurança, a AMD revelou que teve dados de seus atuais e futuros produtos gráficos roubados. A pessoa supostamente responsável pelo roubo declarou que as informações incluem códigos-fonte de diversas GPUs da empresa, incluindo a placa especial do Xbox Series X.

Na última terça (24), a empresa tomou ações legais para remover parte do código vazado de repositórios da plataforma GitHub, justificando que ele era parte de sua propriedade intelectual.

Em entrevista com o site TorrentFreak, a suposta responsável diz que o pacote adquirido por ela inclui informações sensíveis de diversos produtos atuais e futuros da companhia, incluindo detalhes de aparelhos com tecnologia Navi 10 (da família Radeon RX 5700), Navi 21 (ainda não lançada) e Arden (do futuro Xbox).

"Em novembro de 2019, eu encontrei códigos-fonte de hardware das placas gráficas Navi da AMD em um computador hackeado", declarou ao site. "O usuário não tomou nenhuma ação efetiva contra o vazamento dos códigos."

A hacker diz que não entrou em contato com a AMD sobre o código vazado, mas diz que ainda não revelou o conteúdo completo das informações, e as avalia (de alguma forma) no valor de US$ 100 milhões.

A AMD, por outro lado, pronunciou que foi procurada pelo indivíduo responsável pelo vazamento, e diz que os dados em si não afetam a competitividade da empresa.

"Na AMD, segurança de dados e a proteção de nossa propriedade intelectual são prioridade. Em dezembro de 2019, fomos contatados por alguém que disse ter arquivos de teste relacionados a um subconjunto de nossos atuais e futuros produtos gráficos, alguns que foram postados online, mas foram desde então removidos."

"Enquanto estamos cientes de que o responsável tem arquivos adicionais que ainda não vieram a público, acreditamos que a propriedade intelectual gráfica roubada não é central a nossa competitividade ou segurança de nossos produtos. Não estamos cientes de que o responsável possua qualquer outra propriedade da AMD."

"Estamos trabalhando de perto com autoridades e outros especialistas como parte de uma investigação criminal em progresso."