FIFA 19 chegou ao Brasil na última sexta-feira (28) com um preço sugerido de R$ 280 nas versões de PlayStation 4 Xbox One, levemente superior ao de outros jogos de alto orçamento.

O preço sugerido, que normalmente é indicado pela fabricante do produto, pode ser conferido em lojas como SubmarinoMagazine LuizaAmazon Lojas Americanas. Veja os prints abaixo:

No PlayStation 3 e no Xbox 360, o preço é de R$ 230. Já no Nintendo Switch, o game pode ser adquirido oficialmente em seu formato digital, por R$ 240, na Loja Nintendo.

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O preço pode indicar um aumento nos preços de games do país, que havia se estabilizado em R$ 250 - lançamentos como Shadow of the Tomb Raider, por exemplo, permanecem neste valor.

Nós entramos em contato com a EA e com a Warner, que distribui os jogos da EA no Brasil, para perguntar por que os preços de FIFA 19 são de R$ 280 no Xbox One e no PS4.

Crise econômica

Um dos principais motivos pode ser a alta do dólar, que ultrapassou a barreira dos R$ 4 em setembro. O aumento dos preços dos jogos têm acompanhado a desvalorização do real frente a moeda americana desde 2015, quando a média do valor de games prensados em disco subiu de R$ 200 para R$ 250 - e, durante alguns meses, ameaçou ficar nos R$ 300.

"Todas as publishers têm o mesmo problema: custos em dólares. Participamos dos custos para as first-parties: Sony Nintendo e Microsoft. Então, é normal (o aumento do dólar) ter um impacto", declarou, à época, o chefe da Ubisoft no Brasil, Bertrand Chaverot, ao Omelete/The Enemy.

Este ano, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o executivo voltou a falar sobre um eventual preço dos jogos atrelado à alta do dólar: "Se chegarmos a R$ 4, teremos de aumentar os preços". Felizmente, não foi o caso: mesmo com o dólar acima da faixa dos R$ a produtora francesa não aumentou os preços de jogos no Brasil.

Mesmo com os jogos prensados no país, vários custos da produção de um game, como royalties pagos às fabricantes de consoles, são atreladas à moeda americana, como explica esta reportagem do UOL Jogos. Isso ajuda a explicar, por exemplo, como jogos exclusivos como Spider-Man conseguem se manter na faixa dos R$ 200.