Nos últimos anos, nenhuma franquia inédita conseguiu tanta publicidade quanto Watch Dogs. A nova empreitada da Ubisoft é um dos jogos mais esperados dos últimos anos pela série de inovações que promete trazer ao mundo dos videogames. Para se preparar para o lançamento do título, que chega ao Brasil em uma semana, separamos 10 itens indispensáveis para entender esse fenômeno. Confira:

Quase cinco anos em produção

A primeira vez em que o mundo viu Watch Dogs foi na E3 2012. Ali, segundo a própria Ubisoft, o jogo estava com cerca de dois anos de produção. A afirmação é crível, pois não foi mostrado somente um teaser, mas um trailer extenso e um vídeo de jogabilidade que deixou todos os presentes embasbacados - anos antes do anúncio da nova geração de consoles, aquele parecia ser o primeiro passo de uma nova era.

Crossover com Assassin's Creed

O que primeiro surgiu como um rumor agora é uma certeza. Existem referências a Assassin's Creed em Watch Dogs - e vice-versa. A incerteza está no nível dessa relação, ainda não detalhada pela Ubisoft. Fato é que existem diversas pistas de que os dois universos existem na mesma faixa de tempo e que os dois mundos se conectam; quem jogou Assassin's Creed IV: Black Flag percebe as ligações. Agora é esperar para ver até onde isso será levado.

Chicago é menor que Los Santos

O mapa de Watch Dogs deve ter cerca de 60% do tamanho de Los Santos, a cidade de Grand Theft Auto V. Segundo a Ubisoft, a escala, nessa questão, não é o principal, pois a intensidade com que a cidade "respira" em volta do jogador fará tudo parecer mais latente. "Chicago será viva e deixará o jogador se relacionar e hackear qualquer um dos NPCs que estão no caminho", disse ao Omelete o diretor de marca da Ubi, Thomas Geffroyd.

Hackear é a sua maior arma

Watch Dogs terá tiroteios, perseguições de carro, lutas corporais e outros tipos de combate; mas nenhuma dessas ferramentas será mais importante que o hack. Desde a primeira demonstração, o mote do jogo era claro: "controle tudo pelo seu celular". Aiden poderá modificar sinais de trânsito, barreiras de contenção, luzes e até ondas de rádio com apenas um celular com o ctOS, um avançado sistema operacional espalhado por toda cidade. Além do confronto, o hackeamento servirá para conseguir missões paralelas e descobrir sobre a vida dos cidadãos de Chicago. Serão cerca de 60 habilidades incluídas no celular, segundo a Ubisoft.

Uma história sobre vingança

O game não será somente sobre missões e invasões eletrônicas. A Ubisoft promete uma narrativa tão impactante e profunda quanto as novidades na jogabilidade. Aiden Pierce, o protagonista, é um hacker que tem um passado misterioso e cheio de crimes desconhecidos. Certo dia ele testemunha uma série de casos horrendos envolvendo um grande mafioso de Chicago. Devido ao seu conhecimento sobre o caso, a máfia assassina sua família - é o motivo para ele voltar às atividades passadas em busca de vingança. "Acima de tudo temos que fazer um jogo com uma história que interesse ao jogador, como em todos os nossos outros títulos", garante Thomas.

O falso modo multiplayer

Não há uma diferença clara entre o modo multiplayer e o single player em Watch Dogs. Segundo Geffroyd, "não será possível saber se aquele NPC está sendo controlado pela máquina ou por um ser humano, pois o jogo sempre incluirá outros jogadores reais na jornada sem aviso prévio". No entanto, dificilmente algum jogador real se comportará exatamente como um NPC. "É aí que você começa a entender se ele vai te ajudar ou atrapalhar numa missão", conta Thomas.

O verdadeiro modo multiplayer

Para os aficcionados no multiplayer tradicional, Watch Dogs terá algumas novidades. "Teremos os modos tradicionais e algumas novidades, como o Decryption. Ele juntará quatro jogadores para decodificar um objeto ao mesmo tempo, enquanto fogem de outro grupo que tentará impedi-los. É um misto de estratégia e combate feito especialmente para o jogo", revela Thomas. Além desse, haverá as modalidades Racing (corridas ao redor de Chicago), Intrusion (roubo de informações do adversário) e Tailing (perseguição e roubo de informações para futuras tarefas).

O jogo na palma da mão

Nem só dentro de Watch Dogs será possível hackear. Segundo a Ubisoft, um aplicativo feito especialmente para o jogo permitirá que outros jogadores entrem na sua aventura para atrapalhar ou ajudar no desfecho de uma missão. "Será possível desligar sinais, interromper transportes e fazer todas as outras peripécias que Aiden faz no celular", diz Geffroyd. No campo das ideias parece uma ideia interessante, mas é preciso esperar para ver como isso funciona de fato.

Jogos dentro do jogo

Além de se aventurar no mundo aberto de Watch Dogs, o jogador poderá se distrair com os variados minigames espalhados por Chicago. Até agora, já foram divulgados 13 deles. Um é o pôquer, que, obviamente, poderá ser hackeado por Aiden para garantir trapaças. O jogador pode ver se os rivais são viciados em apostas ou se estão nervosos. É possível disputar uma partida de xadrez e até usar o celular do protagonista para uma brincadeira de realidade aumentada. Um dos games faz alienígenas invadirem Chicago, enquanto outro faz Aiden pular entre os prédios para coletar moedas.

Wii U chega depois

Nem todo mundo conseguirá colocar as mãos em Watch Dogs de primeira. Os donos do Wii U, por exemplo, terão que esperar alguns meses - a previsão é para meados do segundo semestre. E é uma pena, não só por tirar ainda mais poder do console da Nintendo, mas porque o GamePad encaixa perfeitamente à proposta do jogo. Ao menos a Ubisoft garante uma versão bem adaptada e que aproveite as ferramentas do Wii U. PlayStation 3, PlayStation 4, Xbox One, Xbox 360 e PC recebem o título dia 27 de maio.