2017. Ah, 2017! Que ano maravilhoso (e difícil) para se gostar de videogames!

Difícil porque entre um espaço de um suspiro e outro — possivelmente admirando as paisagens de Horizon: Zero Dawn ou The Legend Of Zelda: Breath of The Wild — outro título mágico era lançado e minha carteira já apitava querendo adquirir todas essas maravilhas. 

Acabei tão imersa dentro de alguns universos que posso dizer com clareza que algumas percepções da minha própria realidade foram afetadas por isso. Eis que lhes apresento os títulos mais marcantes de 2017 para mim (e um pouquinho do motivo de terem sido tão incríveis!):

Retrospectiva The Enemy

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Persona 5

YOU NEVER SEE IT COMIIIIING ~

Persona 5, para mim, é um daqueles jogos que já chegou puxando meu interesse com a forma maestral com que usa suas cores. O design é primoroso, a trilha sonora é envolvente... Me peguei diversas vezes cantarolando as batidas durante o dia.

O jogo me instigou de uma forma muito curiosa: eu não conseguia simplesmente largar o controle e esquecer a aventura. O mistério atiçava minha imaginação e forçava meus instintos a tentarem buscar respostas constantemente.

Dormi e acordei diversas vezes com minha cabeça a milhão, pensando nas histórias de cada personagem, nas tramas do enredo, em quais fusões fazer para cada palácio e até mesmo em qual personagem eu iria investir... waifus, né

Precisei organizar meu cronograma para completar meus objetivos e me planejar para conseguir tudo que desejava a cada dia. O detalhe de você poder espancar monstrengos por um mundo melhor é deliciosamente divertido.

Acertou no alvo.. ou melhor: right in the kokoro

 

PlayerUnknown's Battlegrounds

Diferente dos outros títulos daqui da lista, o PlayerUnknown's Battlegrounds se tornou mega importante para mim não só pela sua experiência individual, mas principalmente por todos os momentos incríveis e marcantes que ele me proporcionou com meus amigos.

Jogar com os amigos é algo extremamente divertido. Jogar com os amigos em um ambiente extremamente adrenalizante, com cenas extremamente cômicas e histórias que viraram memórias prazerosas, é algo indescritível e imensurável.

PUBG abriu meus olhos para o mundo de Battle Royale — eu nunca me interessei pelos anteriores como H1Z1 — me jogou de paraquedas (literalmente!) em uma aventura que a cada ciclo trazia experiências completamente novas e, com toda certeza, proporcionou diversos dos momentos mais engraçados e emocionantes que tive com jogos em 2017.

Formei diferentes squads, matei muito e morri mais ainda, dominei Pochinki e sofri pra algumas balitas perigosas de Kar98... mas no fim, me diverti como nunca em um jogo que eu jamais achei que iria me cativar tanto.

The Legend of Zelda: Breath Of The Wild

A franquia de The Legend of Zelda tem um apelo especial pra mim. Quando iniciei o Breath Of The Wild pela primeira vez, não consegui segurar as lágrimas. Era como uma onda elétrica acelerando meu coração de uma maneira muito emocionante.

Os pequenos toques nostálgicos, os detalhes nas trilhas que relembram uma Hyrule antiga... Me apaixonei nos primeiros segundos e não consegui mais largar.

O jogo conseguiu encaixar mecânicas excelentes com um mundo aberto extremamente libertador: você pode SIM fazer as SUAS escolhas em BOTW.

A história principal te envolve, mas as diversas ramificações continuam conquistando sua atenção; para mim foi impossível ignorar todas as possibilidades desse mundo mágico.

Desde cozinhar, fazer quests secundárias, encontrar as Korok seeds, descobrir mais santuários e até participar dos enigmas musicais de Hyrule, fiquei com o coração aquecido e a mente aberta, em uma aventura que me puxou para dentro de corpo e alma.

Hellblade: Senua's Sacrifice

Em Hellblade: Senua's Sacrifice encontrei o começo de um incêndio interno e externo. O título cutucou as chamas de particularidades do meu ser, ao mesmo tempo que faz papel de fagulha pra algo externo e importante.

O jogo é maravilhoso: o design é de tirar o fôlego, com uma trilha sonora acentuada, a aventura coloca você em uma tensão imersiva constante — é agoniante se imaginar vivenciando as experiências de Senua.

Para alguém que entende a realidade de uma doença psicológica, aquele mundo traça paralelos que fui capaz de me relacionar em diversos momentos. Com uma interpretação maestral de Melina Juergens, o jogo entrega uma história pesada da maneira que precisa ser: intensamente. 

Além de contar com diversos combates — internos e externos da personagem — para mim ele é uma luta por si só: assim como Horizon: Zero Dawn, Hellblade começou a incendiar as portas que ainda delimitavam a presença feminina em jogos.

Com o esforço conjunto de diversas personagens (alô, Lara Croft, Zelda, Ellie, Bayonetta, Iden Versio, Sammus, Chloe, Nadine, Jill, Clarie, Ada ... entre outras), ter um 2017 com Senua e Aloy foi o começo de um caminho que precisa seguir desbravado. Ter o papel feminino como quem salva todos e não quem precisa ser salva, é um passo grande sobre representatividade.