Nos últimos meses, o Facebook foi a figura central de uma série de controvérsias e escândalos, desde a proliferação de notícias e perfis falsos até o roubo de dados pessoas de milhões de usuários por meio da firma Cambridge Analytica.

Em entrevista ao repórter Steven Levy, da Wired, o CEO e cofundador da empresa, Mark Zuckerberg, declarou que a empresa mudará significativamente para proteger melhor seus usuários, mas que será um processo longo e árduo.

Acho que isto será um processo de transição de mais ou menos três anos para realmente construir as equipes, porque você não pode simplesmente contratar trinta mil pessoas da noite para o dia para que eles façam alguma coisa”, disse. “Você precisa garantir que eles estão trabalhando bem e trazer os líderes para treiná-los. E construir as ferramentas de IA - isso não é algo que você poderia fazer com um estalar de dedos, também.”

“A boa notícia é que começamos bem cedo no ano passado. Então estamos mais ou menos um ano adentro”, continuou. “Acredito que ao fim deste ano teremos feito grandes avanços em muito disso. Nunca poderemos realmente fazer isto por completo. Mas eu acho que isso representa uma grande mudança no modelo de negócios em geral e modelo operacional da companhia.”

Durante a entrevista, o assunto do novo recurso de namoro do Facebook também foi levantado, com Levy questionando o interesse do público em divulgar mais informações para a plataforma após estes escândalos, com a pergunta hipotética: “‘Nossa, o Facebook também quer saber isto sobre mim?’”

O executivo, aparentemente perturbado, ressaltou que esta é o grande desafio da empresa, seguindo em frente com novos planos enquanto tenta ganhar de volta a confiança dos usuários quanto à privacidade de seus dados.

“Porque minha grande prioridade é deixar claro que estamos levando estas coisas à sério”, disse.

Na última quarta (3), a Cambridge Analytica, pivô do escândalo envolvendo o Facebook, fechou as portas.