LucasArts - O Legado - Parte 1

Na segunda parte do especial sobre os jogos da LucasArts relembramos a franquia Star Wars e alguns dos seus títulos mais memoráveis. Todos os games aqui relacionados foram publicados em parceria pela empresa de George Lucas, mas alguns deles foram desenvolvidos internamente. Foram 30 anos de história, dos quais destacamos 15 títulos. Relembre-os abaixo!

Super Star Wars

Desenvolvedora: Sculptured Software | Publicadora: LucasArts | Super Nintendo | 1992

Super Star Wars e Super Star Wars: The Empire Strikes Back são exemplos de como adaptar filmes a jogos, desde a adaptação pixelada de Luke, Han e Chewie, até a questão do desafio. No primeiro jogo, por exemplo, não há um sistema para gravar a partida, nem para começar em fases adiantadas, o que significa que o jogador precisa sobreviver às forças do Lado Negro em uma tacada só. Já o segundo se aproveita da narrativa de O Império Contra Ataca para iniciar um título totalmente focado em ação. Recomendamos testar, já que ambos os jogos estão disponíveis no Virtual Console do Wii.

Star Wars: TIE Fighter

Desenvolvedora: Totally Games | Publicadora: LucasArts | PC e Mac| 1994

Logo depois da Batalha de Hoth, o jogador deve assumir o papel de um piloto novato de um TIE Fighter chamado Maarek Stele e exterminar as forças rebeldes. O protagonista é um vilão carismático, que deve acatar as ordens de seus duros superiores, enquanto a história se desenrola em sete sistemas, cada qual contendo entre quatro e seis missões. Cheio de ação e simulações de física no espaço, é um game que deve ser experimentado.

Star Wars Dark Forces II: Jedi Knight

Desenvolvedora: LucasArts | Publicadora: LucasArts | PC | 1997

Comparado com Doom, Dark Forces II é um jogo de tiro que permite a escolha entre os lados da Força. Foi o primeiro da franquia a permitir partidas em rede. Talvez o mais curioso do título, porém, sejam suas animações: a lenda é que elas foram gravadas por menos de sete dólares, com atores amadores representando as batalhas em teatros espalhados nos Estados Unidos. Detalhe: cada um deveria trazer seu próprio sabre de luz.

Star Wars: X-Wing Alliance

Desenvolvedora: Totally Games | Publicadora: LucasArts | PC | 1999

A simulação espacial trazia os melhores gráficos 3D da série e culminava na batalha contra a segunda Estrela da Morte a bordo da Millennium Falcon. Também foi a primeira da franquia a contar com diálogos dublados e com uma visão do outro lado da história: certas missões eram jogadas do lado do Império, como o parceiro de Darth Vader. É um prato cheio para quem curte simulação e é fã da saga.

Star Wars Episode I: Racer

Desenvolvedora: LucasArts | Publicadora: LucasArts e Nintendo |Nintendo 64, PC e GameBoy Color | 1999

Para tirar proveito das corridas de Pod (que muitos consideram um dos pontos altos de Ameaça Fantasma), a LucasArts e a Nintendo lançaram em parceria um simulador. Até hoje o game tem o posto de jogo de corrida de ficção científica mais vendido de todos os tempos, com 3,2 milhões de unidades comercializadas. Com diversos modos e pistas para escolher, o único problema é Ben Quadinaros. Não vale a pena jogar com ele.

Star Wars Rogue Squadron II: Rogue Leader

Desenvolvedora: Factor 5 e LucasArts| Publicadora: LucasArts |GameCube | 2001

Rogue Leader foi uma experiência única. O game misturava clipes do filme com parcelas jogáveis, de modo que o jogador se sentia realmente dentro do universo de Star Wars. Suas batalhas eram icônicas e belissimamente recriadas em gráficos detalhados e impressionantes para a época. Além de encarnar Luke Skywalker era possível jogar como seu parceiro Wedge Antilles, cujo ator chegou a gravar falas novas somente para o título. Logo na abertura, o protagonista já explodia a Estrela da Morte e depois os cenários variavam entre todas as lutas aéreas da série e culminavam no ataque à segunda Estrela da Morte.

Star Wars Galaxies

Desenvolvedora: Sony Online Entertainment | Publicadora: LucasArts | PC | 2003

A primeira experiência massiva online do universo de Star Wars contava com dez raças no seu lançamento –Humano, Twi'lek, Zabrak, Wookiee, Trandoshan, Rodian, Mon Calamari, Bothan, Sullustan e Ithorian – e 12 profissões – Jedi, Bounty Hunter, Smuggler, Commando, Spy, Officer, Medic, Entertainer e Trader. Além de dez planetas, e mais alguns liberados durante expansões. No total, era possível jogar em Tatooine, Naboo, Corellia, Talus, Rori, Dantooine, Lok, Yavin IV, a lua florestal de Endor, Dathomir, Kashyyyk e Mustafar.

Os jogadores iniciavam a sua jornada logo depois da destruição da primeira Estrela da Morte e mais tarde foram adicionadas alguma missões anteriores aos acontecimentos do quarto filme. Era possível também visitar a base rebelde de Dantooine, o palácio em Naboo, ver os androides desembarcando em Tatooine e mais. Os servidores foram desligados em 2011.

Jedi Knight: Jedi Academy

Desenvolvedora: Raven Software e Vicarious Visions | Publicadora: LucasArts | PC e Xbox | 2003

Quem não gostaria de estudar com Luke Skywalker? Esta era a premissa de Jedi Academy, cujo protagonista chegava à escola de Luke para se tornar um Jedi e devia cumprir missões, além de entrar em contato com o lado negro da força. A ênfase do game era muito mais no combate com o sabre de luz - e era possível até empunhá-lo com duas lâminas, como Darth Maul - do que necessariamente na história. O sistema de customização de personagens era interessante, mas seus oponentes careciam de uma boa inteligência artificial. Entre as escolhas do jogador estava sua afiliação - que lado da Força ele honraria

Star Wars: Knights of the Old Republic

Desenvolvedora: BioWare | Publicadora: EA e LucasArts | Xbox, MAC e PC | 2003

Considerado o melhor jogo já feito de Star Wars, KOTOR é uma obra-prima. O sistema era todo baseado no RolePlaying Game da série, que contém regras inspiradas em Dungeons & Dragons. Nele, os jogadores podiam escolher entre três classes, e selecionar poderes em uma mecânica de árvore de habilidades. O combate era realizado em turnos, mas com reações simultâneas, e dois personagens acompanhavam o protagonista. Também era possível optar entre o lado negro e o bom da força, além de selecionar diálogos e ações, que determinavam o caminho narrativo. O roteiro começava 4 mil anos antes dos acontecimentos de Uma Nova Esperança, quando Darth Malak criou uma armada Sith contra a República Galáctica. A narrativa era simplesmente encantadora e imersiva, de modo que foi aprimorada em outros games da empresa, como Mass Effect.

Star Wars: Republic Commando

Desenvolvedora: LucasArts | Publicadora: LucasArts | Xbox e PC | 2005

Desenvolvido para o primeiro Xbox, Republic Commando ficou conhecido por sua mecânica de tiro, que misturava estruturas de games como Metroid Prime (por conta de sua visão via HUD do capacete), Rainbow Six (pela mecânica de esquadrão) e o estilo de combate de Halo. Também foi o primeiro título de Star Wars a contar com a trilha sonora original dos filmes. O jogo se passava durante as Guerras Clônicas, e o protagonista era um clone trooper que devia lutar em batalhas-chave pela República. Mesmo com a ausência de um Jedi como personagem jogável, Republic Commando foi considerado um game de campanha acelerada e divertida, isso sem contar na experiência atmosférica das batalhas.

Star Wars: Battlefront II

Desenvolvedora: Pandemic Studios | Publicadora: LucasArts | PlayStation 2, PSP, Windows e Xbox | 2005

Seguindo o sucesso do primeiro Battlefront, a continuação adicionou veículos, personagens, mapas, missões e se aprofundou na mecânica de estratégia. Os jogadores podiam ganhar as pelejas tanto por dizimar seus inimigos, quanto por controlar tudo de um centro de comando. Também incluiu um roteiro mais focado nos filmes, que recontou eventos a partir da perspectiva de um Stormtrooper. Apesar de muitos bugs (era normal ver unidades subindo a parede, por exemplo), os heróis de ambos os lados, como Obi-Wan Kenobi e Boba Fett, conquistaram os jogadores.

Star Wars: Empire At War

Desenvolvedora: Petroglyph Games | Publicadora: LucasArts | PC e Mac | 2006

O game de estratégia trazia dois modos de campanha com o mesmo pano de fundo: o momento da construção da primeira Estrela da Morte. No lado dos rebeldes era necessário infiltrar o planeta Wayland, liberar Kashyyyk e vencer a batalha de Yavin. Já no lado do Império, é preciso realizar missões que ajudem na construção da Estrela da Morte e interceptar a nave da Princesa Leia. Havia também o modo Galactic Conquest, que funcionava como uma campanha sandbox, que conta com uma facção neutra de piratas.

LEGO Star Wars: The Complete Saga

Desenvolvedora: Traveller's Tales | Publicadora: LucasArts | Playstation 3, Xbox 360, Nintendo Wii e Nintendo DS | 2007

O mais adorável dos jogos baseados na série de filmes, misturou a narrativa dos filmes com pecinhas de LEGO e mecânica de aventura cheia de possibilidades de colecionáveis e resolução de quebra-cabeças. Inclusive, foi o primeiro título a propor esta mistura que deu certo. LEGO Star Wars: The Complete Saga é divertido, simples, acessível, aditivo e pode agradar a todo tipo de jogador.

Star Wars: The Force Unleashed

Desenvolvedora: LucasArts, com outras empresas para realizar a portabilidade | Publicadora: LucasArts | Xbox 360, PlayStation 2 e 3, Mac, Wii, iOs, Mobile, Nintendo DS e PC | 2008

The Force Unleashed recebeu algumas críticas por conta de sua jogabilidade, que não é exatamente perfeita e apresenta problemas em termos de uso de câmera e linearidade nas fases. Por outro lado, a sua história proposta era bem interessante: depois dos eventos de A Vingança dos Sith, Darth Vader toma um novo aprendiz, chamado Starkiller – sim, você. Entre os pontos altos do jogo estão a atuação de voz do protagonista, os seus poderes da Força, e a narrativa. O título chegou a ganhar o prêmio de Melhor Roteiro da Writers Guild of America. É um belo game para quem quer desintegrar, eletrocutar e empurrar os oponentes para fora do cenário.

Star Wars: The Old Republic

Desenvolvedora: BioWare | Publicadora: LucasArts | PC | 2011

O segundo título MMO da franquia surpreendeu por seu requinte em termos de som, atuação de vozes, criação de ambientes e, principalmente, por suas missões, que apresentavam boa profundidade e uma mecânica interessante – nem sempre o jogador deve realizar aquele tipo básico dos massivos: “vá lá, pegue algo, traga pra mim”. O game se passa 300 anos depois dos eventos de Knights of the Old Republic e quase 3500 anos antes dos acontecimentos do quarto filme, quando o Sith dominam Corusant e até fundaram uma academia própria. Assim, o jogo está cheio de conflitos entre Jedi e Sith.

Leia a primeira parte com os adventures da LucasArts aqui