Após banimentos por tempo indefinido no Facebook e Instagram, o presidente dos EUA Donald Trump foi permanentemente suspenso de sua conta no Twitter.

Em uma mensagem em seu blog oficial, a empresa declara que sua política interna "existe para permitir o público ouvir de oficiais eleitos e líderes mundiais diretamente", mas que "deixamos claro já faz anos que estas contas não estão totalmente isentas de nossas regras e não podem usar o Twitter para incitar violência, entre outras coisas."

A decisão vem depois de apoiadores de Trump invadirem o Capitólio dos EUA para impedir a contagem de votos e confirmação do próximo presidente do país, Joe Biden.

O Twitter indica que o banimento da conta de Trump deve-se a duas mensagens publicadas na sexta (8), declarando que não participará da posse de Biden, e defendendo os "Patriotas Americanos" que votaram nele na última eleição.

De acordo com a companhia, estas mensagens reafirmam a seus seguidores que a eleição de Biden não é legítima, e apoio "para aqueles que cometeram atos de violência no Capitólio dos EUA".

O banimento de Trump também vem após uma carta à gerência do Twitter por mais de 300 funcionários da companhia pedindo a suspensão das contas do presidente após os eventos do dia 7 de janeiro (via Washington Post).

A conta de Twitter de Donald Trump discutivelmente sua principal fonte de comunicação oficial para o resto do mundo. Nas horas seguintes ao seu banimento, Trump tentou postar em contas alternativas, incluindo a conta oficial da presidência dos EUA (@POTUS), mas elas foram rapidamente removidas, e seu acesso presumivelmente barrado.

Trump deixará o cargo da presidência oficialmente em 20 de janeiro, com a posse de Joe Biden.