Jogos de mundo aberto que punem o jogador por "mau comportamento", digamos, costumam ter policiais capazes de perseguir o protagonista ou algo equivalente. GTA, da Rockstar, talvez seja o exemplo mais conhecido de um sistema funcional. Cyberpunk 2077... Bom, é um exemplo do que não funciona.

Policiais de Night City.

Inofensivos.

Suponhamos que o jogador atropele um NPC qualquer em uma rua deserta de GTA. Provavelmente, a menos que existam testemunhas dispostas a chamar a polícia, nada de ruim acontecerá com quem está controlando o criminoso em questão. Afinal, a ideia é que o sistema seja bastante orgânico; tão próximo do mundo real quanto possível.

No universo do jogo da CD Projekt, é bem diferente. Mesmo que você tenha atropelado um NPC qualquer em um beco aleatório, sem câmeras ou seres humanos por perto, existem muitas chances de a polícia começar a perseguir V. É difícil não se perguntar de onde essas pessoas vieram, quem as avisou e por que desistem tão rápido.

Perseguição de carro.

Dei um tiro no cara da direita e eles mal me perseguiram.

Chega a ser incoerente o sentimento de onipresença da Polícia de Night City e a facilidade com que jogadores podem despistar esses perseguidores. Praticamente, nunca precisei me preocupar com o fato de estar sendo perseguido pela polícia: basta me afastar dos carros policiais e esperar o emblema deles sumir da tela.

A ausência de níveis que sobem conforme enfrentamos os policiais ou mesmo de lógica na maneira como novos perseguidores surgem enquanto estamos em fuga é extremamente frustrante. Parece que o sistema simplesmente não foi finalizado — o que é, sim, a resposta mais provável.

Tela de hack rápido.

Voltei lá pra terminar o serviço.

De forma geral, ainda me divirto bastante jogando Cyberpunk 2077. Passei as últimas semanas imerso naquele universo e, apesar de ter identificado ainda mais falhas do que na primeira vez que joguei, há qualidade suficientes no título. Ainda assim, a polícia é um detalhe extremamente irritante.