Múltiplos ataques terroristas realizados na noite desta quinta-feira (15) em duas mesquitas na cidade de Christchurch, na Nova Zelândia, deixaram ao menos 49 mortos e dezenas de feridos.

Um dos atentados foi transmitido ao vivo no Facebook por cerca de 17 minutos por um dos atacantes (via CNet). Segundo o jornal New Zealand Herald, ao menos quatro pessoas já foram presas.

Autoridades locais foram acionadas após as imagens do ataque começarem a circular online e alertaram o Facebook do conteúdo. "A polícia sabe que há cenas extremamente perturbadoras relacionadas ao incidente em Christchurch circulando on-line. Recomendamos veementemente que o link não seja compartilhado. Estamos trabalhando para remover qualquer conteúdo", esceveu a polícia local em uma mensagem no Twitter.

Em um comunicado enviado à CNet, a rede social lamentou o ocorrido e informou que estava ciente do caso e que links já estavam sendo removidos.

"A Polícia da Nova Zelândia nos alertou sobre um vídeo no Facebook logo após o início da transmissão ao vivo e removemos a conta do Facebook do atirador e o vídeo", informou Mia Garlick, porta-voz do Facebook na Nova Zelândia.

"Também estamos removendo qualquer elogio ou apoio ao crime e ao atirador ou aos atiradores assim que tivermos conhecimento. Continuaremos trabalhando diretamente com a Polícia da Nova Zelândia conforme a investigação continua", acrescentou.

"Nossos corações vão para as vítimas, suas famílias e a comunidade afetada por esse ato horrendo", concluiu a representante da rede social.

Um dos atacantes foi identificado como um australiano de 28 anos, da cidade de Grafton. Em suas redes sociais, o terrorista compartilhou conteúdo racista e mensagens relacionadas à supremacia branca, incluindo um apoio à Donald Trump, presidente dos Estados Unidos, como um "símbolo renovado da identidade branca". A página do atirador do Facebook e Instagram foram removidas.

Mesmo com a remoção do conteúdo pelo Facebook, o vídeo contendo cenas dos ataques foi espalhado para outras plataformas, incluindo o YouTube e Reddit. (via Gizmodo)

A plataforma de vídeos posicionou através de seus redes sociais, lamentando o ocorrido e afirmando que está "trabalhando de forma vigilante para remover qualquer cena violenta".

Em um dos momentos do vídeo, um dos atacantes pode ser ouvido pedindo que espectadores se inscrevessem no canal de PewDiePie, youtuber que já se envolveu em polêmicas por usar termos racistas e antissemitas durante transmissões.

Em sua conta pessoal no Twitter PewDiePie, cujo nome verdadeiro é Felix Kjellberg, disse que se sente "absolutamente enojado" por ter tido seu nome "pronunciado por essa pessoa".

"Meu coração e pensamentos vão para as vítimas, famílias e todos os afetados por esta tragédia", escreveu.