Um grupo de ativistas muçulmanos chamado Conselho de Relações Islâmico-Americano (CAIR) está pedindo que Sony, Microsoft e Valve não distribuam o jogo Six Days in Fallujah em suas plataformas.

Em um pronunciamento, o CAIR chama Six Days in Fallujah de “simulador de assassinar árabes” e afirma que o jogo iria “apenas normalizar a violência contra muçulmanos nos Estados Unidos e ao redor do mundo”.

“A indústria dos jogos precisa parar de desumanizar os muçulmanos. Jogos como Six Days in Fallujah servem apenas para glorificar a violência que tirou a vida de centenas de civis iraquianos, justificou a Guerra do Iraque e reforçou sentimentos anti-muçulmanos”, justificou o porta-voz do grupo, Huzaifa Shahbaz.

Six Days in Fallujah foi cancelado pela primeira vez antes mesmo de seu lançamento em 2009 pela Konami. Em fevereiro deste ano, a publicadora Victura anunciou a volta do jogo, que está sendo desenvolvido pela Highwire Games para PC e consoles.

O jogo retrata 6 dias de guerra na Segunda Batalha de Fallujah, que aconteceu em 2004, durante a primeira fase da Guerra do Iraque. Quando anunciou a retomada do projeto, o chefe da Victura, Peter Tame, deu a infeliz declaração de que o jogo “não é uma declaração política”

A própria Victura, semanas depois, publicou um posicionamento no Twitter afirmando que “os eventos recriados no jogo são inseparáveis da política”. Six Days in Fallujah promete mostrar várias perspectivas do combate, usando vídeos com depoimentos de veteranos do exército estadunidense e de civis iraquianos que vivenciaram os eventos.

Vale lembrar que as forças armadas dos EUA foram acusadas de usar armas químicas como fósfora branco durante o confronto em Fallujah.