A proposta de Knockout City é algo muito instigante para quem sempre curtiu queimada (deu saudade da escola escrever essa frase). Por que lançar mais um jogo de tiro quando você pode seguir por um caminho original, não é, Electronic Arts? E que aposta certeira foi essa!

Absolutamente democrático, Knockout City é simples na medida certa, para quem quer simplesmente se divertir, e suficientemente complexo para permitir a elaboração de estratégias em grupo mais sofisticadas. Basta prestar atenção e qualquer um consegue jogar, sério. E, claro, quanto mais comunicação existir com os demais membros do time, melhor.

Com um botão para arremessar a bola e outro para segurar ao ser alvejado, além da opção de desviar com um dash, são pouquíssimas as nuances com que devemos nos preocupar durante uma partida. O mais importante é pegar o tempo de bola para saber quando apertar o botão de defesa na hora certa. Dominando essa mecânica, você já tem conhecimento o bastante para vencer muitas partidas casuais online.

Evidentemente, existem outras opções para encurralar adversários: personagens podem se transformar em bolas, por exemplo. Quando você está perseguindo um oponente e não tem com o que atacar, essa é a melhor opção — se tornar uma bola ou pedir que um aliado se torne uma. É sensacional.

Há ainda as mecânicas de curvar a bola ao arremessar (basta arremessar enquanto você usa um pulo giratório na vertical ou na horizontal para obter o efeito desejado), jogar um aliado em direção ao céu para ele cair destruindo tudo, empurrar adversários ao usar o dash e dominar as bolas especiais que são sorteadas aleatoriamente em cada fase.

Basicamente, todas as mecânicas que existem no jogo constam nos parágrafos acima. Com essas ferramentas simples, o jogador precisa apenas aprender quais são as melhores situações para usá-las. E esse é exatamente o principal mérito de Knockout City.

Capa de Knockout City.
EA

A simplicidade está longe de ser um problema. Muito pelo contrário: o desafio do jogo deixa de ser tão focado em quão hábil o jogador é no manuseio de um controle e passa a ser quão inteligente ele é na hora de blefar e elaborar estratégias em conjunto. Agilidade é um fator crucial, obviamente, mas está longe de ser algo tão exigente — exceto quando falamos na bola de futebol americano, que vem numa velocidade absurda quando carregada ao máximo para o arremesso.

Pouco antes do lançamento do jogo, eu estava convencido de que Knockout City morreria após o fim do período gratuito. Por enquanto, não sei dizer se eu estava certo ou não. Contudo, hoje, torço pelo melhor — e ainda bem que a EA já garantiu gratuidade até o nível 25 para todas as plataformas, algo que deve ser mantido por um bom tempo ainda.

Personagens de Knockout City reunidos.
EA

Em resumo: se você não jogou Knockout City, jogue. Com certeza vale a pena.

O "simulador de queimada" da EA está disponível para PS5, Xbox Series, PS4, Nintendo Switch e PC.