A expectativa era enorme para jogar esse novo Tomb Raider. Aliás, motivos não faltam para isso e os cito aqui. Último jogo da nova trilogia, final enigmático do excelente antecessor Rise of the Tomb Raider, um novo cenário e localidades a serem visitados e uma Lara ainda mais madura se comparada a que vimos nos dois jogos do passado.

Antes de falar do game em si, vale dizer que a Square Enix escolheu a dedo o local onde experimentaríamos Shadow of the Tomb Raider. Uma casa noturna no centro de Los Angeles chamada "The Mayan", cuja temática e ambientação parecem ter sido cuidadosamente feitas para um evento como esse. Não entendeu a relação? Eu explico.

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Caso não se lembre ou não tenha assistido o primeiro vídeo de divulgação desse novo game, ao final temos Lara contemplando pirâmides Maias, o que já nos indicava por onde essa nova aventura se passaria, pela América Central, berço justamente da civilização maia. Dito isto, vamos ao que interessa, o game.

A versão que nos foi disponibilizada em um Xbox One S para experimentar em uma hora, acontece nas duas primeiras fases do jogo, em um ponto bem inicial da aventura. Lara e seu já conhecido companheiro de explorações Jonah, cozinheiro do Endurance que conhecemos lá no primeiro game da trilogia, estão sentados à noite em uma mesa de bar na paradisíaca Cozumel, famosa ilha mexicana que é destino certo de turistas em busca de paz e, dentro do jogo, dos já conhecidos vilões da facção Trindade.

É logo nesse começo que somos apresentados a Dr. Domingues, antagonista do novo game. O clima na ilha é de celebração pela famosa festa do Dia dos Mortos, com pessoas vestindo máscaras de caveira e ruas e casas enfeitadas em homenagem aos que já partiram. Aliás, tudo é fielmente retratado no jogo. Conforme seguimos Domingues e seus capangas em busca de saber mais sobre os planos da Trindade naquela região, mais da cidade nos é apresentado e podemos inclusive interagir com alguns personagens ao longo do caminho. Até aí basicamente o que fazemos é guiar Lara entre as pessoas e achar um caminho para que os inimigos não a avistem.

Divulgação/Square Enix

A busca principal de Lara no jogo é chegar primeiro a uma cidade escondida e achar alguns artefatos maias ligados a IxChel, deusa da lua e da medicina, e Chak Chel, poderosa deusa maia ligada a criação e a destruição. Claro que alcançar seus objetivos não será nada fácil, mas é justamente isso que você espera encontrar numa aventura de Lara Croft, não é mesmo?

Saindo da cidade e se estranhando floresta adentro, é aí que Lara se sente a vontade e o game traz algumas novidades na jogabilidade. As ações furtivas da nossa heroína dessa vez ganham alguns auxílios interessantes. Por exemplo, podemos nos esconder em arbustos espalhados pelo chão e também em paredes cobertas de folhagens para aplicar finalizações em inimigos próximos a nossa localização. Basta um apertar de Y, na versão Xbox, para que o inimigo sofra um golpe único e mortal pelas costas usando o já tradicional machado de escalada de Lara.

O jogo como um todo, assim como nos foi dito em entrevista na sequência da jogatina, tem a intenção de ser maior que os antecessores em tudo que se propõe a entregar. E pra isso acaba explorando ainda mais elementos do passado. O fator furtividade, por exemplo, agora é elevado ao grau máximo em alguns momentos do game, principalmente na floresta. Saber usá-lo a seu favor será essencial para a sobrevivência de nossa heroína.

Shadow of the Tomb Raider é tudo que os fãs mais fervorosos esperam de um game da franquia

Divulgação/Square Enix

Saindo um pouco da floresta e indo adiante no game, chegou a hora de nos aventurarmos em algo que nos remete a um jogo lá passado de Lara, antes mesmo do reboot, Tomb Raider Underworld. Sim, em Shadow of the Tomb Raider podemos ver Lara novamente nadando e se aventurando debaixo d´água. E posso dizer com toda certeza, a adrenalina de controlar Lara em cavernas submersas ou em regiões alagadas é absurdamente prazerosa. A tensão ao ver o fôlego da heroína acabando e ter de buscar bolsões de ar para respirar novamente é agoniante.

Mas vamos voltar ao machado de escalada. Afinal, sua principal utilidade é escalar, e isso Lara faz como ninguém. Quer subir paredes mais difíceis? Já sabe, terá de usá-lo.

Divulgação/Square Enix

Aliás, por falar em escalada, aqui nada mudou. Paredes com textura mais "porosa" podem ser escaladas com o uso do machado. Quer alcançar um outro local para continuar sua movimentação enquanto pendurada? Basta buscar os pontos destacados com uma tonalidade mais clara em alguma pedra ou algo do tipo, exatamente como era antes. Outra ferramenta que pode ser utilizada também é o rapel, onde uma de suas maiores utilidades acaba sendo alcançar pontos mais baixos sem que nossa personagem sofra dano algum em sua queda.

Se temos escalada, que hoje é assinatura da franquia, é claro de temos puzzles distribuídos pelas fases também. Fica nítido que as mentes responsáveis por esse novo game quiseram explorar todos os elementos já conhecidos da franquia e ir além. Os puzzles não se diferem muito do que vimos nos jogos anteriores, onde muitas vezes temos de usar o arco e flecha para fixar uma corda com gancho em uma barreira para derrubá-la ou em um carrinho para movê-lo, tudo com dificuldade moderada. Porém, algo que vale destacar são as tumbas, que voltam ainda mais evoluídas e desafiantes, segundo os produtores. Outro elemento de jogabilidade que volta também são os quick time events, que geralmente aparecem em momentos cruciais onde um erro seu pode representar a morte de Lara.

Durante toda a jogatina pude coletar diversos itens. Eles vão de colecionáveis, como máscaras maias penduradas, a moedas, armas e plantas diferenciadas que com certeza poderão ser utilizadas em algum menu especial. Apesar de não ter sido possível abrir o menu de customização e evolução, com certeza teremos os elementos de RPG que vimos nos jogos anteriores aqui nesse game novo também.

Já na parte final dessa versão de demonstração do jogo, tivemos uma sequência daquelas épicas de jogos nesse estilo e que com certeza também vai ficar marcada na mente dos jogadores. Ao subtrair de uma pirâmide um artefato em forma de adaga que é considerada a chave de Chak Chel, Lara dá início a uma sequência de desastres ambientais. Lembra que comentei que Chak Chel era a deusa maia ligada a destruição? Pois é, ao sair da pirâmide, além de ter de encarar Domingues e seus comparsas, Lara terá de enfrentar um tsunami que se aproxima. Se ela irá sobreviver a esse primeiro desafio? Posso garantir que sim. Como ela fará isso? Você terá de jogar para conferir.

Shadow of the Tomb Raider é tudo que os fãs mais fervorosos esperam de um game da franquia, resgatando e trazendo com uma nova e ótima roupagem elementos de jogos do passado e evoluindo elementos já clássicos dessa nova trilogia.

Com gráficos exuberantes, o novo game da franquia Tomb Raider promete e chega ao PlayStation 4, Xbox One e PC no dia 14 de setembro.