Mega Man 11 chega no dia 2 de outubro ao PlayStation 4, Xbox One, Switch e PC carregando a esperança de novos e melhores tempos para o mascote azul da Capcom. Tive a oportunidade de testar duas fases do aguardado jogo e as expectativas não poderiam ser melhores.

O título remete ao estilo clássico do herói, com uma aventura de plataforma 2D, oito chefões para enfrentar na ordem que desejar, tiro carregado e escorregão.

Obviamente, a primeira grande mudança fica por conta dos gráficos, que agora mistura arte 2D com elementos tridimensionais. O último episódio de Mega Man com significativa evolução visual foi o já distante Mega Man 8, de 1996, para PS1, Saturno e PC, então o salto é bem grande.

Os destaques ficam por conta das animações de inimigos e do próprio herói, assim como alguns efeitos pelos cenários, como rajadas de eletricidade ou uma bonita transição em um dos cenários, que começa de manhã e vai mudando até ficar de noite.

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Grandes novidades também nos controles. Mega Man agora dispõe de duas engrenagens com poderes especiais: uma faz tudo ao redor se mover mais devagar, enquanto outra deixa os tiros do herói mais fortes (e isso vale até para as armas dos chefões). Ao toque de um dos botões de ombro do controle é possível ativar e usar o poder até uma barrinha encher e indicar superaquecimento, deixando o azulzinho vulnerável e o poder incapaz de ser usado por alguns instantes.

Apesar de boa parte da ação seguir ao estilo das antigas aventuras, as novas engrenagens mudam muito a forma de encarar velhos perigos e também abre portas para novas armadilhas - especialmente o poder de diminuir o fluxo do tempo. Ao menos nas duas fases testadas, usar a engrenagem de velocidade facilitou muito o combate contra alguns chefes de meio de fase e também trechos com plataformas móveis.

Em tempo, continuam presentes bugigangas típicas dessa vertente clássica da franquia, como os grandes tanques de energia marcados com um E e também o cãozinho robô Rush, que pode ser usado como mola para alcançar lugares altos, por exemplo. Na dificuldade mais fácil aparece também o passarinho robótico Beat, que salva Mega Man quando ele cai em um buraco.

Em relação aos combates contra os famigerados Robot Masters, deu para ver a tecnologia atual sendo colocada em prática para renovar esses embates. Um deles, o Block Man, podia assumir uma forma gigante no meio da batalha, enquanto o Fuse Man trouxe uma luta repleta de efeitos de luz impressionantes - parecia mais Mega Man X do que o 'meguinha' clássico.

Depois de negligenciar por tanto tempo o querido mascote, a Capcom parece ter achado um bom caminho para trazê-lo de volta, respeitando o legado sem deixar de olhar para frente e promover novidades e ajustes.

Com as recentes coletâneas com os 10 primeiros games da série e as iminentes coleções com os oito episódios da linha X, Mega Man 11 pode muito bem ser a cereja no topo do bolo de um ano histórico para os fãs do herói.