Divulgação/SNK
Jogamos: Fatal Fury: City of the Wolves retoma clássico com influência moderna
Novo jogo da SNK une mecânicas de 26 anos atrás com tendências de jogos de luta atuais
Fatal Fury: City of the Wolves tem tudo para brilhar na cena de jogos de luta em 2025. O jogo, que marca o retorno da franquia um quarto de século depois do clássico cult Garou: Mark of the Wolves, junta as tendências atuais do gênero com as ideias que fizeram de seu antecessor um jogo à frente de seu tempo.
Essa, ao menos, é a impressão deixada pela versão do game disponível na BGS 2024, a qual The Enemy teve a oportunidade de testar a convite da SNK.
Nao foram muitas partidas, o que impede qualquer tipo de conclusão mais aprofundada sobre as mudanças de gameplay, mas logo de cara, uma novidade deve fazer diferença: a inclusão de mecânicas de parry em ambas as direções de movimento.
City of the Wolves herda de seu antecessor o Just Defense, em que você recupera um pouco de vida ao apertar o botão de defesa logo antes da conexão do ataque inimigo. Agora, o jogo conta também com o Hyper Defense, que faz a mesma coisa, mas apertando para frente. Essas duas mecânicas também ‘travam’ o oponente na animação ofensiva, abrindo brecha para um contragolpe.
Com essa mudança, a chance de se conseguir executar uma técnica complexa de parry pode acontecer com muito mais frequência. Já no teste, jogando contra outras pessoas que também estavam colocando as mãos em City of the Wolves pela primeira vez, era perceptível o aumento dos parries, mesmo que eles fossem feitos de forma involuntária.
Nas mãos de jogadores experientes, o novo Fatal Fury promete ser um prato cheio no que diz respeito à estratégias de retomada de luta - aquelas situações em que você tem menos vida, mas o jogo ainda te dá condições para atingir a vitória.
Isso é algo bem executado pelo principal rival de City of the Wolves, Street Fighter 6, e aqui se traduz na principal novidade estrutural do game da SNK: o sistema REV, uma interpretação de mecânicas que ganharam popularidade nos jogos de luta nesses 25 anos em que a franquia esteve inativa: golpes “amplificados”, a exemplo dos movimentos EX de Street Fighter, e também os Focus Attacks, golpes capazes de atordoar e defesas mais poderosas que deixam a guarda do oponente aberto para um combo — outra herança do game de luta da Capcom.
Todos esses recursos são chamados de ações REV e podem ser usados livremente até o momento em que o medidor REV fica cheio. Aí, o lutador fica vulnerável a stuns e não pode usar ações REV.
Basicamente, o sistema REV é uma versão invertida da barra de Drive de Street Fighter 6, que também foi criada com o objetivo de criar mais riscos em uma estratégia de luta, ao criar punições consideráveis para quem abusa desses recursos.
Essa camada extra de complexidade se soma a um sistema que já pensava bastante em estratégias baseadas nas etapas da batalha com o sistema T.O.P., que é ativado quando sua barra de vida alcança um estado determinado pelo jogador: no início, metade ou final. Essa mecânica está de volta, batizará como S.G.P., e também determina quando você pode desferir os especiais de seu personagem.
Embora esses sistemas ajudem a criar um jogo em que há mais chances de se recuperar de uma desvantagem, deixando as partidas mais imprevisíveis, o impacto do sistema é praticamente impossível de se mensurar jogando poucas partidas do jogo.
Outro aspecto também trabalhado em jogos de luta atuais é a preocupação com a acessibilidade. Aqui, ele está representado por um novo mapeamento de botões chamado Smart Style, que simplifica comandos.
“Quem descobriu Terry (Bogard) em Super Smash Bros. Ultimate pode tentat esse novo estilo”, explica Maxx Clark, gerente da divisão de marketing da SNK, em referência a inclusão do protagonista de Fatal Fury no game da Nintendo de 2019.
Falando em elenco, a build contava com cinco personagens: os emblemáticos Terry Bogard, Mai Shiranui e Rock Howard, e os novatos Preecha e Vox Reaper. Entre os veteranos, a lista de golpes é bem conhecida, enquanto is novatos parecem preencher espaços deixados por quem ainda não foi confirmado no elenco: Preecha herda o estilo de Joe Higashi, enquanto Vox Reaper tem parte do moveset de Grant, subchefe de Garou.
Além disso, City of the Wolves também deve marcar a chegada de lutadores de outros jogos, como Street Fighter (em um intercâmbio que também envolve SF6), e… Cristiano Ronaldo.
Sobre o novo crossover com a Capcom, Clark aponta para o histórico de colaboração entre as duas desenvolvedoras, que inclusive já resultou no lançamento de vários jogos. “Temos uma ótima relação de trabalho com a Capcom. Os desenvolvedores de ambas as empresas se conhecem e fazem reuniões frequentes. Alguns trabalharam em ambas as desenvolvedoras. Somos fãs dos jogos deles e vice-versa. Então, fazia sentido (o crossover)”, explica. “ Já fizemos isso em outros jogos, e alguns deles estão sendo relançados agora, há muita sinergia e queremos manter essa boa relação.”
Fatal Fury: City of the Wolves chega em 24 de abril de 2025 para PC, Xbox Series, PlayStation 4 e PlayStation 5.