Às vésperas do teste de rede fechado de Elden Ring, eu tive a chance de jogar cerca de 8 horas do novo título da From Software, e agora finalmente posso contar pra vocês como foi a experiência.

Para sua felicidade ou desgosto, dependendo da preferência, Elden Ring é exatamente o que parece ser nos trailers: uma continuação direta de todos os conceitos que a From vem trabalhando nos últimos anos, misturando Dark Souls, Bloodborne e Sekiro em um mundo aberto que tem tudo para ser a melhor aventura da produtora.

Divulgação/Bandai Namco

Antes de começar a falar sobre o jogo, vale explicar que eu resolvi dividir este texto em três partes. No começo, vou dar uma visão geral das minhas impressões ao longo do teste, seguida por um mergulho mais minucioso nos sistemas com os quais tive contato. E então só no fim, pra preservar a galera que quer experimentar Elden Ring todo por conta própria, vou falar especificamente sobre os encontros e momentos mais marcantes das minhas 8 horas com o jogo.

Elden Ring é o mais novo projeto de Hidetaka Miyazaki, o diretor responsável por Dark Souls, Bloodborne e Sekiro. Ele foi descrito como “o jogo mais ambicioso da história da Bandai Namco” por um representante da empresa, e é construído com base em uma mitologia criada por George R.R. Martin, o autor dos livros das Crônicas de Gelo e Fogo.

O título vai ter versões pra PC, PlayStation 4 e 5, Xbox One e Xbox Series. No nosso teste, tivemos acesso ao jogo em sua versão de PlayStation 5.

Como eu falei antes, Elden Ring é uma mistura de muitos dos acertos de projetos anteriores da From Software. Você quer chamar o jogo de Dark Souls 4? É justo. Eu mesmo tive esse impulso algumas vezes com o controle na mão. O jogo claramente não tem medo dessa comparação, e reaproveita animações, efeitos sonoros e até mecânicas de Dark Souls 3 abertamente.

Elden Ring é evolução, e não revolução. Isso significa que se você nunca conseguiu gostar da fórmula de Dark Souls ou Bloodborne, é improvável que o novo jogo te conquiste. Por outro lado, se você curte qualquer um dos jogos da From nos últimos anos... chegou a sua hora.

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A base de Elden Ring é Dark Souls. É claro que as Terras Intermédias de Elden Ring têm uma escala muito maior do que o reino de Lordran, mas o conceito de um cenário contínuo que teoricamente pode ser explorado livremente é o mesmo.

O teste começou dentro de uma caverna, que me ensinou os básicos do combate antes de me jogar pra fora em uma enorme área aberta esverdeada chamada Limgrave. Da movimentação do personagem e da câmera aos comandos no controle, tudo é extremamente familiar a um jogador de Souls. A sensação é indiscutivelmente a de estar começando um novo Dark Souls.

Mas com um pouco mais de tempo de jogo, a presença dos outros títulos da From Software começa a se fazer sentida. O combate, por exemplo, parece misturar mecânicas de Dark Souls 3 com o ritmo acelerado de Bloodborne.

Elden Ring apresenta o conceito de grupos de inimigos, que se locomovem pelo mapa e são tratados pelo sistema como uma unidade. É comum, quando você é avistado, que um dos oponentes alerte seus companheiros a respeito de sua presença. Como costuma acontecer em Bloodborne, você logo se vê cercado – e dessa vez a inteligência artificial não está interessada em fazer com que cada inimigo espere a própria vez pra atacar.

De Sekiro, Elden Ring herda uma mecânica rudimentar de stealth. Para evitar situações como a que eu acabei de descrever, você pode se esgueirar pelos cenários para tentar pegar os inimigos desprevenidos, um por um, das sombras. Dá pra se esconder em arbustos, e o trailer mais recente acusa a existência de flechas tranquilizantes.

Uma influência ainda maior de Sekiro é visível na construção dos cenários, que são muito mais verticalizados do que qualquer mapa de Dark Souls. É raríssimo enfrentar inimigos em cenários planos. Há enclives, plataformas, construções aos pedaços e coisas assim por todos os lados.

A complexidade do terreno é legal por um simples ponto de vista estético, mas também porque cria oportunidades para que você ataque seus inimigos (e seja atacado por eles) de maneiras surpreendentes. Para facilitar isso, o jogo reduziu muito o dano de queda, tornando possível fazer saltos muito mais ousados do que nos títulos pré-Sekiro.

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A contribuição inédita de Elden Ring para a mistura é o mundo aberto, que parece ser enorme. A versão de teste do jogo contemplou apenas um único fragmento do mapa, limitado por paredes invisíveis que não estarão ali na versão final, e já era muito chão pra cobrir. Inclusive, eu tenho certeza de que deixei passar um monte de coisa, apesar de ter explorado bastante.

O jogo tem uma mecânica que tenta guiar o jogador em direção ao progresso na história, mas é algo sutil, que não elimina a sensação de que você realmente pode partir em qualquer direção em busca de descobertas – algo que eu garanto que vai dar vontade de fazer simplesmente pela beleza do cenário. E você provavelmente será recompensado. Seguindo a tradição da From, praticamente qualquer caminho que que você tomar resultará em um item, uma armadilha ou os dois.

E se essa é uma pulga atrás da sua orelha, pode ficar tranquilo: o mundo aberto de Elden Ring está muito mais próximo de Breath of the Wild ou Skyrim do que de um mundo aberto da Ubisoft. Você não vai passar seu tempo correndo atrás de pontos de objetivo no mapa, mas sim de coisas legais que você avista no horizonte.

Pra te ajudar nessas travessias, o jogo oferece o Torrente – uma montaria espectral que permite atravessar o cenário em alta velocidade.

Você também consegue lutar em cima dele, seja contra inimigos comuns, ou até mesmo contra chefes encontrados pelo mundo aberto. O combate montado tem um ritmo diferente, que faz com que seja difícil acertar ataques – mas, por outro lado, também faz com que você seja um alvo mais complicado para seus oponentes. Outra possibilidade legal é usar o Torrente para se reposicionar no campo de batalha. Ao fazer isso, você pode até mesmo pular da montaria enquanto ataca – o que é bem satisfatório.

O Torrente pode ser invocado livremente a qualquer momento no mundo aberto, mas fica inacessível em locais fechados. Ele tem uma barra de vida própria, e pode ser abatido. Caso isso aconteça, você precisa repousar seu boneco ou gastar um frasco de recuperação de vida para ressuscitá-lo.

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Além de expandir o escopo da exploração comparado aos padrões da From, Elden Ring também quer expandir as possibilidades no combate.

A variedade de inimigos que eu encontrei só nesse trecho limitado do mapa do jogo já é um sinal disso. Eu troquei espadadas contra soldados comuns e malucos encapuzados, mas também contra caranguejos gigantes, esqueletos reanimados e até mesmo águias com lâminas presas às pernas – que, inclusive, são meus novos monstros favoritos da From.

Elden Ring promete ter uma variedade ainda maior de armas e feitiços do que títulos anteriores da From, mas até mesmo uma única build oferece muito espaço para experimentação contra todos esses inimigos. Cada um tem diferentes forças e fraquezas, e é empolgante ter como mudar completamente seu estilo de jogo dependendo da situação.

A maior parte do meu tempo com Elden Ring foi no controle de um personagem da classe Cavaleiro, equipado com duas cimitarras e um broquel.

Nessas condições, eu podia tentar bloquear ataques com o broquel e depois contra-atacar – algo que funciona bem contra grupos de soldados inimigos. Também dava pra guardar o broquel e segurar a cimitarra mais forte com as duas mãos, aumentando o dano por ataque contra inimigos que não dão muito espaço para contra-ataques.

Eu também podia depender da Lâmina Tempestuosa, a habilidade de uma das minhas Cimitarras, que consumia meus pontos de mana em troca de um ataque projétil de vento.

Dava até mesmo para sacar as duas cimitarras de uma só vez, atacando os inimigos com golpes giratórios de supressão – o que ficou ainda mais útil a partir do momento que eu encantei a minha segunda cimitarra com a propriedade elétrica.

Mesmo depois de oito horas no controle, eu ainda estava encontrando novas maneiras de utilizar essa combinação simples de equipamentos contra novos inimigos. A Bandai Namco diz que a meta é criar um sistema em que você raramente encontrará um outro jogador que luta exatamente da mesma maneira que você – o que é bem empolgante, inclusive por conta das possibilidades dos enfrentamentos PVP.

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Os gráficos de Elden Ring não são tão detalhados quanto os do remake de Demon’s Souls – o que é compreensível, já que o título da Bluepoint não tem um mundo aberto e é exclusivo da nova geração. Mas o visual do jogo é elevado por sua direção de arte, que conjura a sensação de que você está explorando um mundo dilapidado. Pegue esse pequeno assentamento de soldados, por exemplo: os efeitos do tempo são sentidos não apenas no cenário em ruínas, mas também nas estampas gastas que os oponentes vestem. O senso estético do jogo é muito impressionante.

E enquanto estamos falando de visuais, é importante mencionar uma coisa: apesar de rodar de maneira bem satisfatória no modo performance do PlayStation 5 na maior parte do tempo, o jogo sofre com o mesmo problema de stuttering que existia em Bloodborne. As pequenas travadas surgem em momentos repletos de ação, mas também em trechos mais calmos, o que torna difícil apontar uma causa específica.

É claro que a versão do jogo testada ainda não é a final e isso pode ser corrigido antes do lançamento, mas a existência do problema no PS5 acende a luz amarela a respeito de como Elden Ring rodará nos consoles da geração passada.

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Com tudo isso dito, acho que é hora de nos aprofundarmos um pouco nos sistemas do Elden Ring. Alguns deles são familiares de maneiras curiosas, e outros inéditos para a série. Entender como tudo isso funciona em conjunto é uma boa maneira de visualizar o momento a momento da gameplay nas Terras Intermédias.

No centro de suas atividades no mundo aberto estão os Locais de Graça, que substituem as fogueiras de Dark Souls. Como de costume, sentar em um Local de Graça restaura toda a vitalidade do herói, mas também faz com que todos os inimigos comuns pelo mapa renasçam.

A partir de um Local de Graça, você pode fazer o tempo passar rapidamente, aumentar o próprio nível, trocar os feitiços memorizados por seu personagem, organizar itens e utilizar Cinzas da Guerra, que são como encantamentos para as armas que as concedem diferentes habilidades e afinidades.

Nos pontos de descanso, você também consegue manejar seus frascos de uma maneira bem similar ao que acontecia em Dark Souls 3. No Elden Ring, existem dois tipos de frascos de recuperação: os Frascos de Lágrimas Carmesins, que restauram vida, e os Frascos de Lágrimas Cerúleas, para a barra de magia. Como com os Frascos de Estus do Dark Souls 3, você pode reduzir o número de frascos de mana para aumentar a quantidade de frascos de vida, e vice-versa. Por conta da build que estava usando, eu passei a maior parte do tempo andando apenas com frascos de vida, mas mudei de estratégia momentaneamente pra enfrentar um chefe que tinha desvantagem contra meus golpes elementais de vento.

A novidade na maneira que Elden Ring trata os frascos está relacionada àquele conceito de grupos de inimigos que mencionei há alguns minutos. Às vezes, derrotar uma trupe inteira de oponentes recupera algumas doses dos frascos, permitindo que você consiga explorar o mundo aberto mais livremente sem precisar parar o tempo todo pra repor os estoques.

Como de costume para os jogos da From, NPCs diferentes pelo mundo servem como mercadores, vendendo itens dos mais diversos tipos – desde consumíveis até feitiços que podem ser aprendidos em caráter permanente.

Do primeiro mercador que encontrei, comprei um telescópio, que facilita a observação de lugares distantes no horizonte, e também um kit de produção, que é essencial para a sobrevivência em Elden Ring.

Com o kit de produção, o jogador ganha acesso ao crafting – um novo sistema que permite transformar recursos colecionáveis em itens dos mais variados. Com o tempo, você pode encontrar ou comprar receitas para expandir ainda mais as capacidades de seu kit de produção.

O talento manual do protagonista também o permite usar forjas de maneira independente para fortalecer armas até o nível +3. O jogo indica que um ferreiro mais experiente pode ser encontrado em algum lugar das Terras Intermédias para incrementar os armamentos para níveis ainda mais altos, mas tal NPC não parecia estar disponível no teste.

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Como eu indiquei mais cedo no texto, Elden Ring também tem uma mecânica que ajuda a guiar o jogador em direção ao progresso na história. Certos Locais de Graça vêm acompanhados de um leve fluxo de energia – um filete de luz que indica o caminho do próximo ponto de interesse.

O jogador também pode marcar pontos no mapa para se orientar, criando faróis de luz à la Breath of the Wild no horizonte.

Para determinar rumos específicos, o jogador precisa encontrar os Fragmentos de Mapa – itens com um nome autoexplicativo, que preenchem o mapa das Terras Intermédias uma região por vez.

Elden Ring também tem um sistema de viagem rápida, que permite o teletransporte para qualquer Local de Graça desbloqueado a partir do mundo aberto. A função fica disponível quando o jogador está fora de combate, mas é inacessível a partir de certas áreas fechadas.

Ao explorar o mundo aberto, o jogador pode encontrar várias pequenas surpresas, como criptas que escondem baús do tesouro e patrulhas de inimigos, que vasculham o cenário e podem te pegar desprevenido. Materiais para o sistema de crafting também estão por todos os lados na forma de flores, cogumelos e outros itens. Eles também podem ser obtidos através do abate de animais passivos, como um bode maluco que prefere sair dando cambalhota do que correr quando alguém se aproxima.

O último sistema relacionado à exploração que merece menção é o das estátuas de Marika, que são como checkpoints alternativos aos Locais de Graça. Seu único propósito é servir como um ponto de retorno possível após a morte. Caso você morra nas redondezas de um deles, terá a opção de voltar para a estátua em vez de pro último Local de Graça ativado. Isso é particularmente útil na hora de enfrentar chefes no mundo aberto, que costumam ficar distantes dos pontos de repouso.

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A estrutura do multiplayer de Elden Ring também é bem familiar para qualquer jogador de Souls.

Funciona do jeito que você imaginaria: você pode posicionar mensagens no chão em uma tentativa de chamar aliados, dando também abertura para que jogadores mal-intencionados invadam sua partida.

Usando o Remédio de Dedo Invocador, você consegue avistar sinais de invocação pelo chão ao redor do seu personagem e interagir com eles. Todos os itens relacionados ao multiplayer ficam acessíveis por meio de um menu prático, poupando o jogador de gastar preciosos atalhos com eles.

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Pra finalizar essa prévia, eu queria falar um pouco sobre as batalhas mais marcantes que enfrentei durante o meu teste, que servem pra demonstrar a diversidade das situações em que Elden Ring coloca o jogador.

Logo depois de sair da gruta inicial, você pode dar de cara com o Sentinela da Árvore – um enorme cavaleiro em armadura dourada, montado em um cavalo também muito bem vestido. Eu até tentei peitar o rapaz, mas fui destroçado. Em vez de ficar batendo a cabeça contra a parede, desviei do inimigo correndo por fora da estrada em direção ao Local de Graça seguinte.

Um pouco mais tarde, imediatamente após desbloquear o Torrente, eu pude lutar com um gigante na estrada. Ele está cercado de soldados que atiram flechas, que precisam ser eliminados de antemão se você quiser ter alguma chance contra o inimigo principal. A batalha demonstra a importância do pensamento estratégico no jogo... e também me parece uma ótima oportunidade para testar a velocidade da montaria, já que o tutorial do jogo insiste que você pode usar o Torrente para fugir de situações difíceis meros segundos antes da batalha.

Então veio o primeiro chefe obrigatório: Margit, o Agouro Caído. O cenário em que você o enfrenta até parece espaçoso, mas ele ocupa praticamente toda a arena com seus ataques de longo alcance. A batalha lembra muito alguns chefes de Dark Souls 3, com o oponente utilizando técnicas ainda mais poderosas na medida em que sua barra de vida diminui. Tirei bastante proveito de meus ataques de vento pra acertar o monstrão de longe, mas no fim das contas, acabei chamando um aliado para conseguir derrota-lo.

Depois de derrubar Margit, o jogador se depara com um jovem que o avisa: em vez de abrir o portão principal do castelo, que é muito bem protegido, é melhor tentar invadir a fortificação por um buraco na lateral.

É evidente que eu tentei abrir o portão, apenas para ser recepcionado por uma salva de disparos de balista. Depois de limpar alguns dos soldados mais fracos, acabei abatido por um monstro licano que parece ter sido realocado direto do banco de reservas do Bloodborne.

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Pela lateral, o caminho é um pouco menos perigoso, mas ainda repleto de inimigos. Ao final dele, eu precisei lutar com uma monstruosidade em uma sala escura. Com a chave que a criatura deixou cair, abri a porta para a sala final da demonstração.

A partir desse ponto, passei a vagar pela área acessível atrás de outros desafios. Encontrei na base de um desfiladeiro a entrada para as Catacumbas Turváguas, um pequeno calabouço com inimigos gárgula, armadilhas de flechas e um chefe que, apesar do tamanho, podia ser rebatido de várias maneiras.

Andando por um córrego, acabei sendo alvejado por um NPC invasor chamado Nerijus. Durante o combate, acabei recebendo a ajuda de Yura, o caçador de Dedos Ensanguentados, que elogiou minha performance na batalha e me avisou para ficar longe do Lago Agheel, pois um dragão estava circulando pela área.

Evidentemente, fui para o Lago Agheel atrás do tal dragão – e eu não demorei para acha-lo. Ou melhor, ser achado. A luta contra a monstruosidade foi difícil, mas particularmente divertida pela maneira como me incentivava a montar no Torrente para escapar do bafo de fogo. Com a mobilidade extra, o jogo evita situações como a luta contra o dragão Midir de Dark Souls 3, em que você passa mais tempo correndo pra alcançar o dragão do que ativamente lutando.

Curiosamente, apesar de estar solto no mundo aberto e certamente ter a capacidade de ir onde quiser, o dragão parecia estar limitado em sua movimentação. Os limites da arena não são comunicados de maneira clara ao jogador e parecem ser bem generosos, mas em duas oportunidades ao longo da luta, o dragão claramente saiu da área onde deveria ficar, e acabou sendo teletransportado de volta para o seu ponto inicial.

Com todos esses desafios derrotados, agora me resta o mais difícil: esperar até 25 de fevereiro de 2022, quando a versão completa de Elden Ring será lançada.