Jogamos: Dragon's Dogma II é maravilhosamente gigante e ambicioso
Sequência de RPG da Capcom traz um mundo imenso e um combate variado e engajante
Uma hora de teste é muito pouco para ter noção da dimensão e do escopo de Dragon's Dogma II.
Mas é um bom começo.
À convite da Capcom, The Enemy teve a chance de testar uma (honestamente muito) breve demo com um pouco da sequência do que é, para muitos, um dos jogos mais subestimados da empresa.
Julgando por essa breve experiência, Dragon's Dogma II parece ser uma experiência simplesmente gigantesca, com um mundo repleto de batalhas épicas contra monstros, missões grandes e pequenas a se fazer, e várias surpresas para quem quiser se aventurar pelo mapa.
Isso quando uma "surpresa" não vier ao seu encontro, como aconteceu algumas vezes durante a demonstração.
Antes de mais nada, é importante deixar claro que meu contato com o primeiro Dragon's Dogma é bem pequeno: cheguei a jogar a demo do jogo e suas primeiras horas muitos anos atrás.
Por isso, não consigo fazer uma comparação direta da sensação de combate entre um jogo e outro, mas pelo que me parece a ideia é pegar o sistema do original e dar uma refinada e atualizada nele.
Em Dragon's Dogma II, você controla uma figura conhecida como Arisen, que é basicamente alguém que é amaldiçoado a caçar um dragão para retomar sua própria humanidade.
Falar mais dos aspectos da história é complicado — mesmo porque o tempo limitado só me fez entender vagamente o conflito central —, mas o importante é que, além de se tornar imortal e melhorar suas habilidades, é que você também conta com "Pawns", companheiros de batalha que lutam ao seu lado e podem ser comandados durante as lutas.
A demo contava com três classes (ou vocações) diferentes para se escolher: Guerreiro, Ladino e Arqueira. Tive mais contato com a arqueira no teste, mas fica bem claro que o pessoal da Capcom se dedicou a deixar eles o mais mecanicamente diferentes possível.
Com o arco, você naturalmente é uma ameaça à distância e contra inimigos aéreos, mas é necessário se manter longe do combate em si já que só se tem mesmo o arco como arma (embora eu tenha gostado muito que o golpe próximo seja um chutão). Os tiros de arco básico também são teleguiados, enquanto a habilidade única da vocação é mais poderosa, mas requer uma mira direta.
O guerreiro, enquanto isso, é mais focado na porrada franca, de espadadas até golpes de escudo para quebrar defesas. E o ladino é rápido e mais frágil, sendo bem mais focado em golpes rápidos e esquiva.
Nada disso é exatamente revolucionário para quem conhece RPGs da ação, mas a implementação dessas mecânicas cria um tipo interessante de "caos controlado" durante as batalhas, com os Pawns sendo relativamente efetivos ao lutar e ajudar durante as lutas, dando a você mais liberdade – seja lutando por conta própria ou dando direcionamento para eles.
Também vale notar que você não precisa ficar preso a uma classe inicial, podendo desbloquear outras vocações com pontos, além de especializações mais avançadas
Pelo menos nesta demo, o jeito mais fácil de encontrar inimigos é andando por aí. Seja só explorando, ou no trajeto de uma missão, você vai encontrar grupos e grupos de goblins e harpias, sejam de bobeira ou ameaçando NPCs que também estiverem perambulando por aí.
E você vai andar muito: só nesta hora, foi possível perceber o quão grande é o mapa de Dragon's Dogma II, e que chegar de um ponto a outro requer até planejamento e cuidado.
Tanto que há vários espaços específicos para você e seu grupo acampar e retomar as forças, com direito até a cozinhar itens para se recuperar e ganhar mais forças – com algumas das comidas com visuais mais impressionantes que eu vi desde pelo menos Final Fantasy XV.
Para te motivar a explorar este mundo, há diversas missões para te ocupar, que podem ser encontradas de várias maneiras, até mesmo enquanto você está no caminho para outra coisa.
Foi assim, por exemplo, no caminho de volta para a missão principal, me voluntariei para ajudar um homem a encontrar seu irmão.
Foi assim também que eu descobri que às vezes as quests podem ter finais abruptos ao ver o cara cair de um penhasco depois de uma batalha. Esperei para ver se rolaria um respawn nele, mas... não. Eu só perdi a missão.
É bem possível que ele estivesse de volta no ponto de origem da quest, mas – como eu já deixei claro – com só uma hora de teste, o melhor foi deixar isso passar.
E, de certa forma isso acabou definindo minha experiência com este primeiro contato com Dragon's Dogma II: aproveitar o que der, mas sempre de olho no relógio.
Ainda assim, foi um bom primeiro contato, e me deixou interessado em ver mais. Especialmente porque o jogo ainda foi capaz de me surpreender até em supostos momentos de calmaria — como quando um grifo gigante surgiu do nada e atacou meu grupo enquanto simplesmente atravessávamos o mapa.
Dragon's Dogma II vai ser lançado para PC, PS5 e Xbox Series, mas ainda sem uma data. O jogo vai ter legendas, mas não dublagem em português do Brasil.
(O que é uma pena, já que queria ouvir um português rebuscado no nível das vozes em inglês da demo)