Vários desenvolvedores que trabalhavam na NetherRealm, estúdio atual de Mortal Kombat, foram às redes sociais para se pronunciar sobre as intensas rotinas de trabalho, o famigerado "crunch", que domina a empresa. Alguns ex-funcionários chegaram a mencionar que passavam das 12 horas diárias de jornada, outros afirmam que havia até mesmo dias marcados para realizar o crunch.

Beck Hallstedt trabalhou como artista conceitual de Injustice 2, e nos seus curtos cinco meses de emprego, já conseguiu sentir os problemas da NetherRealm.

"Na minha segunda ou terceira semana, um novo artista de ambiente temporário sentou ao meu lado e estava arrumando sua mesa. A primeira coisa que uma pessoa de FT disse a ele foi 'pronto para morrer de crunch?'. Eu nunca vou esquecer isso".

Rebecca Rothschild, ex-analista de controle de qualidade, confirma o depoimento de Beck: "Trabalhei com contratadora na NetherRealm e posso confirmar tudo que Beck disse. Muitas pessoas incríveis trabalhando na NRS, mas há problemas sérios e sistêmicos que precisam ser resolvidos".

Possivelmente, o relato mais completo é o de James Longstreet, que foi engenheiro de software do estúdio em 2011: "Trabalhar na NetherRealm em Mortal Kombat 9 quase me matou. Eu não dormi mais de quatro horas por meses. De janeiro a abril de 2011, eu estava no trabalho mais de metade do tempo".

"Nos últimos três anos, eu tive um aumento de 1% e nenhum bônus. Era deixado claro que todo mundo precisava fazer crunch. A NRS não mede palavras e diz 'Ei, alguém vai ficar mais tarde hoje?', não, seu gerente te diz quando seu crunch está marcado".