Review: F1 23 brilha com retorno triunfante do Ponto de Frenagem

F1 23 é o novo jogo de Fórmula 1 da Codemasters e EA Sports que marca o retorno do tão querido Ponto de Frenagem à franquia. Agora, além de ser ótimo para adoradores de Fórmula 1 como o jogo anterior, o jogo da Codemasters volta a ter conteúdo para quem gosta de pistas com histórias inéditas.

O modo história não pode mais faltar

Sem delongas, existem duas estrelas em F1 23 quando a questão é conteúdo. Ponto de Frenagem 2 — Braking Point — é a primeira. Aqui, jogadores podem continuar a viver a história de Aiden Jackson, mesmo protagonista de F1 21.

Agora, com mais experiência, Jackson se vê como parte de uma nova equipe, Konnersport, com ninguém mais, ninguém menos, que Davon Butler como dupla. Conforme abordado em nosso preview, o brilho de Ponto de Frenagem 2 vai para as escolhas tomadas pelo jogador no decorrer dos capítulos.

Não apenas escolher o que responder em determinados momentos como Jackson, outras situações colocam o jogador no papel de Andreo Konner, dono da equipe, que deve não apenas cuidar do desenvolvimento de novos carros, por exemplo, mas também lidar com o principal financiador da Konnersport, o pai de Butler na história.

Sem spoilers, o brilho da história, além de personagens inéditos e diferentes núcleos que promovem ainda mais interação com atletas da F2, retorno de Casper Akkerman e afins, está em sentir que escolhas têm impacto.

Com o decorrer dos capítulos, algumas cenas ficam cada vez mais intensas e mais opções são desbloqueadas à medida em que o jogador consegue aumentar os níveis de Performance e Reputação da Konnersport com decisões tanto de Konner quanto de Jackson.

O modo Ponto de Frenagem definitivamente é o que não pode faltar nos próximos jogos da série justamente por ser não apenas um diferencial, mas também uma forma de engajar diferentes tipos de público.

F1 World e outros modos

F1 World é outra novidade de F1 23, uma forma evoluída do F1 Life apresentado em F1 22 e uma nova maneira de interagir socialmente. Baseado não apenas na personalização e interações, mas também no gerenciamento de recursos, esse é o modo que mais se assemelha a um “Ultimate Team”, por exemplo.

Aqui, além de participar de séries de corridas tanto offline quanto online, o jogador possui um hub social que serve para se encontrar com outros pilotos, mas também deve administrar alguns fatores da equipe de F1 como contratar estrategistas e engenheiros, assim como colecionar partes e aumentar o nível do veículo.

F1 World se mostra outro modo de jogo interessante para quem deseja experiências que vão além de uma temporada de F1 ou mesmo o investimento do modo Carreira.

Os demais modos funcionam da forma tradicional, levando o jogador seja offline ou online para as pistas mais conhecidas do mundo, com novidades como o circuito de Las Vegas e Losail no Qatar, por exemplo, além de atualizações nos já existentes.

My Team também possui atualizações, novos Icons para adicionar à equipe, circuitos bônus que podem ser adicionados ao calendário personalizável e afins, fãs de longa data se sentirão em ambiente familiar.

Não tão familiar é o novo Passe do Pódio. Implementando um sistema de Passe de Batalha, F1 23 introduz o modelo tanto com recompensas gratuitas quanto “VIP” que, embora pareçam, em sua maioria, superficiais, servem um propósito. Jogadores dedicados aos diferentes modos de F1 23, principalmente de F1 World (possivelmente onde muitos passarão tempo com o decorrer da vida do jogo) tirarão proveito de recursos conquistados aqui.

Além de moedas e recursos para investir, o Passe do Pódio VIP oferece itens de personalização e novas temporadas serão lançadas no decorrer do ano. Subir de nível no passe é simples, basta jogar qualquer modo de F1 23.

Corridas, aparência e mecânicas refinadas.

Falando da experiência atrás do volante, F1 23 segue abraçando tanto o público casual quanto o mais dedicado aos simuladores. A direção tem um novo peso em F1 23. Os aprimoramentos não impactam a ponto de mudar a dinâmica do jogo, mas é possível sentir que carros respondem de forma diferente e a discrepância entre veículos de F1, F2 e carros esportivos é ainda mais acentuada.

Ao utilizar o Dualsense do PS5 para jogar, a diferença é ainda mais aguda. Usar gatilhos para frear um carro de F2 exige nitidamente mais esforço que na F1, por exemplo, assim como qualquer desvio na pista se torna mais violento devido ao feedback háptico do controle, isso é sentido com mais contraste, por exemplo, no modo Ponto de Frenagem 2, já que o jogador eventualmente troca entre as modalidades.

Porém, a inteligência virtual continua como “8 ou 80”. A não ser que sejam preparadas configurações extremamente minuciosas para o modo de jogo previamente, os níveis de dificuldade padrões não mostram muita maleabilidade. Jogadores possivelmente se verão em corridas fáceis demais ou praticamente impossíveis.

F1 23 é mais um aprimoramento se comparado ao jogo anterior, com mecânicas refinadas e novas experiências que agradarão qualquer fã de corrida. Não apenas isso, deixa claro que vindouros games da franquia F1 não podem carecer de conteúdo que geram mais engajamento, acertando em cheio com o inédito F1 World e, principalmente, Ponto de Frenagem. Qualquer novo jogo de F1 que não possuir esses diferenciais será considerado um passo para trás.

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