Na noite da última terça-feira (18) entrou no ar o serviço Nintendo Switch Online.

Antes gratuitas, as partidas multiplayer online de games do Switch agora exigem assinatura do serviço, que garante outros benefícios, como backup de saves na nuvem e acesso ao aplicativo com diversos jogos clássicos de NES para curtir.

A boa notícia é que o Switch Online já está disponível no Brasil também. Para assinar é necessário comprar um código no site Loja Nintendo e resgatar acessando o eShop pelo próprio videogame.

Os preços são competitivos e mais em conta do que se comprasse na loja americana. Um ano de assinatura individual sai por cerca de 75 reais e há também uma opção familiar, em que um grupo de até oito contas pode usar o serviço por R$ 130 ao ano.

Tudo correu bem em algumas partidas online de Mario Kart 8 Deluxe e Splatoon 2 logo após o serviço entrar no ar, da mesma forma que aconteciam quando jogar pela internet era gratuito no Switch. Resta esperar e torcer para que essa estabilidade permaneça agora que o recurso é pago.

Por sua vez, o backup de saves na nuvem é uma função muito bem vinda que, na real, atrasou mais do que devia para chegar ao aparelho - especialmente considerando que os consoles rivais já oferecem algo do tipo. Atrasos à parte, funciona bem e como deve, oferecendo alternativa para manter seu progresso salvo caso o aparelho sofra algum problema.

No entanto, os serviços de chat por voz e games clássicos são pobres e representam oportunidades desperdiçadas pela Nintendo de estrear o serviço de forma mais empolgante.

Os chats online continuam exigindo o aplicativo avulso para smartphones, sem opção alguma de bate-papo direto pelo videogame, como acontece em outras plataformas. O esquema é desnecessariamente confuso e complicado e em nada justifica a assinatura do serviço - continua sendo melhor recorrer a programas nativos de conversa, seja no smartphone ou computador, para acompanhar as jogatinas online no Switch.

Por fim, o app de jogos antigos de NES. A seleção inicial é pobre, com apenas 20 jogos, sendo a maioria dispensável. Com exceção de clássicos atemporais, como Super Mario Bros. 3 e Legend of Zelda, a lista traz títulos esportivos fracos e uma ou outra simpática surpresa, como Double Dragon e River City Ransom, provavelmente para enriquecer as ofertas multiplayer. Aliás, dá para jogar esses clássicos online com amigos, uma novidade surpreendente, mas que ainda acho menos empolgante do que uma lista maior de títulos e plataformas clássicas para curtir.

É importante dizer que sim, é apenas o começo do serviço e a própria Nintendo já prometeu que nos próximos meses vai acrescentar mais jogos de NES. Ainda assim, trata-se de uma rede online que chega mais de um ano após o lançamento do videogame e depois também de um atraso na previsão original de estreia - tempo o bastante, creio eu, para a Nintendo ter preparado uma oferta mais robusta de conteúdo.

Sobre os jogos antigos, especificamente, fica claro o potencial para o catálogo crescer, ainda mais considerando todo o legado da empresa. Ainda assim, as experiências anteriores de Virtual Console jogam contra esse otimismo: tanto no Wii quanto no 3DS e Wii U o serviço de games retrô sempre estreou de forma tímida, com pleno potencial para crescer muito mais, e nunca se viu essa capacidade plenamente desenvolvida - ao menos não da maneira como os fãs gostariam.

O Switch Online entra no ar com um lado técnico aparentemente bem competente, mas uma oferta fraca de serviços complementares. Ao menos, tudo mostra potencial para evoluir e melhorar, valorizando ainda mais a primeira rede online paga da Nintendo.