Metroid Dread, o tão esperado “Metroid 5”, foi lançado na semana passada (08) para o Nintendo Switch e já impressionou bastante gente. Atualmente, está com uma nota de 89 no Metacritic - site de avaliações e críticas - e diversas pessoas já o estão chamando de o “melhor Metroid 2D” da série.

Apesar de ter sido produzido por Yoshio Sakamoto, criador da saga, o jogo foi desenvolvido pela Nintendo em colaboração com o estúdio MercurySteam - com sede em Madri - e alguns desenvolvedores tiveram problemas com a sessão de créditos do jogo: seus nomes ficaram de fora dela, de acordo com um relatório do site de jogos espanhol Vandal.

Metroid Dread

Vários ex-funcionários acusam a empresa espanhola, responsável por títulos como Castlevania: Lords of Shadows e Spacelords, de não ter credenciado o seu trabalho nos títulos finais de crédito do jogo, impedindo-os de demonstrar sua contribuição para o título.

Um ex-funcionário do estúdio, Roberto Mejías - artista 3D - fez uma postagem em seu LinkedIn parabenizando a equipe que trabalhou em Metroid Dread e chamando atenção ao fato de seu nome não ter aparecido nos créditos do jogo. 

Metroid Dread

“Gostaria de parabenizar sinceramente a equipe por ter feito um jogo tão excepcional. Não estou surpreso com a qualidade dele, já que a quantidade de talento dessa equipe estava às alturas. Sei em primeira mão porque, apesar de não estar nos créditos do jogo, fiz parte daquela equipe durante cerca de oito meses”, escreveu.

Ele, inclusive, garantiu que na versão final do jogo, encontrou alguns dos elementos em que trabalhou. “Ao jogar, reconheci diversos modelos e ambientes que trabalhei… então meu trabalho está aí. Porque não estou aparecendo nos créditos do jogo? É algum tipo de engano?”, finalizou Mejías.

Metroid Dread

Outra ex-desenvolvedora da MercurySteam também compartilhou em seu LinkedIn sua frustração por não ter sido incluída nos créditos: Tania Peñaranda Hernández, animadora de personagens 3D.

“Também estou muito orgulhosa de toda a equipe. Mas também me entristece ver que não estou nos créditos por este trabalho que fiz. Tem sido difícil pra mim ver que eles consideraram que deveria ser assim, visto que continuo vendo muitas animações que fiz no jogo”, escreveu Tania.

O site Vandal também citou uma terceira fonte anônima que afirma também ter ficado de fora dos créditos, apesar de trabalhar no jogo por 11 meses. Além disso, Mejías também disse que o estúdio penaliza financeiramente os funcionários que avisam com menos de 42 dias de antecedência sua saída.

Segundo a MercurySteam e um representante do estúdio, que conversou com o site espanhol responsável pela notícia, de acordo com a política da empresa, os desenvolvedores que permanecem no estúdio por 25% ou mais do tempo de desenvolvimento do jogo (com algumas exceções) são os que têm o direito de ter seu nome nos créditos finais.