A Nintendo faz questão de deixar bem claro que Mario Strikers: Battle League não é um jogo de futebol. Parece futebol, sim, mas o esporte se chama “Strike” - um cinco contra cinco em que vale tudo para conseguir o gol, com um nível de violência que faz Portugal e Holanda na Copa de 2006 parecer um amistoso.

O The Enemy teve uma oportunidade de acompanhar uma gameplay exclusiva do novo título de Switch, e descobriu que a Nintendo planeja manter o jogo ativo com atualizações de conteúdo gratuitas após o lançamento, e que jogadores poderão experimentar o game antes de comprar através de uma versão demo.

A descrição oficial de Mario Strikers diz que Strike é um esporte sem regras - e os personagens em campo levam isso bem à sério. Luigi faz cara feia e dá carrinhos com clara intenção de machucar, enquanto Donkey Kong carrega a bola pra lá e pra cá com as mãos.

A vibe é totalmente diferente do que é visto normalmente em jogos esportivos do Mario. Se Mario Tennis e Mario Golf têm um clima de reunião dos amigos no parque aos domingos, Mario Strikers parece final de jogos universitários em que esgotou a cerveja.

As diferenças são notáveis no comportamento dos personagens e na estética da experiência, que é muito mais… ‘pontuda’ do que o normal, por assim dizer, prum jogo do Mario.

Mas o jogo em si tem muitos elementos que já fomos treinados a esperar das aventuras desportivas no Reino Cogumelo, como um ritmo acelerado e a presença de itens, que são capazes de mudar o rumo da partida quando utilizados de maneira inteligente.

Durante a gameplay, o jogo deixa claro que a ideia é tentar deixar as partidas competitivas até mesmo quando um dos times tem muito mais talento do que o rival. Quando uma equipe toma a dianteira no placar, por exemplo, caixas de item exclusivas para o time que está atrás brotam no campo. É o mesmo espírito que permeia Mario Kart: mesmo que você seja muito bom e ganhe a maioria das disputas, um mero descuido de momento pode te colocar numa situação complicada.

Divulgação/Nintendo

Por mais que tenha um foco claro no online, Mario Strikers: Battle League ainda oferece algumas opções de modo offline, como disputas para até 8 jogadores no mesmo console e um modo de torneios que coloca até 4 amigos contra times controlados pelo computador.

Nestes modos, dá pra juntar moedas que podem ser trocadas por peças de roupas (ou melhor dizendo, armaduras) para Mario e companhia. Os itens cobrem a cabeça, o corpo, os braços e as pernas dos heróis e vilões, e são divididos em cinco conjuntos que fortalecem atributos específicos.

Equipamentos da linha Turbo, por exemplo, incrementam a velocidade de um personagem em detrimento de algum outro atributo. Assim, dá pra você usar um equipamento Turbo para tornar um personagem rápido ainda mais rápido, ou então para compensar a lentidão do Bowser, que normalmente tem muito mais foco na força.

Mas por mais que você consiga mexer as alavancas para montar o time dos seus sonhos, a gameplay de Battle League tem nuances que escapam do controle até do jogador mais metódico.

A existência dos Superchutaços é uma delas: são chutes carregados que, caso sejam executados com perfeição, garantem não apenas 1, mas 2 pontos no placar. Para evitá-los, o jogador precisa dar um jeito de roubar a bola do atleta em questão enquanto ele carrega o chute, ou então torcer para que ele erre as marcações azuis. Caso ele erre, existe uma chance do goleiro defender a bola - chance essa que, de acordo com a Nintendo, depende também de alguns fatores invisíveis como os atributos dos atletas em campo.

Divulgação/Nintendo

15 anos atrás, Mario Strikers Charged já tinha um modo online no Wii e até mesmo partidas ranqueadas. Battle League aposta ainda mais fichas nas disputas online ao criar um sistema de ligas de disputa, completo com temporadas e risco de rebaixamento ou promoção.

Funciona assim: ao lado de amigos, você consegue criar um clube para disputar pontos na tabela contra clubes rivais. Todas as partidas disputadas no online contam pontos, e ao final de cada temporada, os times mais bem posicionados sobem de ranque, enquanto os times na parte de baixo da tabela caem.

As disputas online ainda rendem tokens - um outro tipo de moeda que pode ser usado para incrementar o visual do estádio do clube. E isso é um destaque muito divertido: mesmo quando você for o visitante, você leva consigo metade do seu estádio para enfrentar o adversário. Quanto mais ranques você sobe, mais opções ficam liberadas - até que você tenha uma verdadeira arquibancada da Bombonera torcendo a seu favor.

Durante esta gameplay exclusiva, a Nintendo revelou que planeja manter o online do game ativo com atualizações gratuitas de conteúdo, que incluirão, dentre outras coisas, mais personagens jogáveis.

Uma versão demo do jogo chamada First Kick também será disponibilizada. Inicialmente, apenas o modo de treinamento com as mecânicas básicas do jogo estará acessível, mas jogadores que acessarem a demo em intervalos específicos poderão testar as disputas online.

Exclusivo do Nintendo Switch, Mario Strikers: Battle League será lançado totalmente em português do Brasil no dia 10 de junho.