No início de julho chegou o fim de uma jornada épica para o australiano Dylan Walker. Ao longo de 4 anos ele desenvolveu praticamente sozinho o game Elden: Path of the Forgotten.

Lançado para Nintendo Switch e PC, o jogo indie publicado pela Another Indie veste com orgulho suas influências para criar uma experiência única e impactante.

Os gráficos simplistas ao estilo Another World dão vida a um mundo 2D que remete aos episódios antigos de Legend of Zelda e com uma jogabilidade ao estilo Souls, de combates ferozes.

O The Enemy conversou com Dylan sobre a experiência de criar Elden e abaixo você confere a conversa sobre este título tão único:

The Enemy: Como veio a ideia para o jogo? Quais foram as suas inspirações?

Dylan Walker: Elden Path of the Forgotten teve um início estranho, como meu projeto final na faculdade de desenvolvimento de games, e depois se transformando em um projeto completo..

O jogo é inspirado nas minhas experiências quando eu saí de casa aos 15 anos e fui parar em um mundo sombrio e confuso. O mundo que me fazia ter dúvidas com frequências, mas que eu raramente conseguia respostas.

The Enemy: Por que você decidiu desenvolver o game quase todo sozinho?

Dylan Walker: Poucos jogos são realmente desenvolvidos por uma pessoa e o mesmo vale para Elden. Apesar eu ter feito sozinho boa parte do projeto, outras pessoas ajudaram pelo caminho.

Elden sempre foi um projeto movido à paixão, a história e o design todo são inspirados pelas minhas experiências e foi incrível poder completar esse projeto.

The Enemy: Quais foram os momentos mais difíceis durante o desenvolvimento?

Dylan Walker: O mais desafiador foi gerenciar minha produtividade. Criar jogos não é fácil, desenvolvimento de jogos é quase como uma alquimia, envolve várias artes diferentes, e fazer isso sozinho é um belo desafio.

Você está construindo um mundo e todo detalhe neste mundo precisa ser criado. Eu geralmente me via com uma lista de tarefas duas vezes maior do que eu conseguia dar conta e ficava quase sempre sobrecarregado

Mas criar games é realmente superar desafios, eu continuei em frente e eventualmente consegui lidar com tudo graças à ajuda de Chen Yow Hsuan, o desenvolvedor que trabalha na Another Indie, a publisher que distribuiu o Elden.

The Enemy: Com um tempo de desenvolvimento tão longo, parece natural que novas ideias surjam pelo caminho. Isso aconteceu com Elden?

Dylan Walker: Com as inspirações que guiaram a produção de Elden o processo geralmente parecia uma grande descoberta, com novas ideias aparecendo o tempo todo, incluindo algumas que entraram no jogo, mas muitas que ficaram de fora.

Uma das maiores mudanças que se destacam pra mim é a história que foca na mãe do protagonista. Uma versão anterior do jogo explorava, na verdade, a história do pai do personagem principal.

The Enemy: O jogo tem um mundo complexo e profundo. Quais partes dele você tem mais orgulho?

Dylan Walker: Tenho muito orgulho da atmosfera! Não é uma única coisa, mas toda a ambientação, a sensação que ele cria é algo do qual me orgulho muito. É um jogo que pode ser um pouco chocante para alguns, já que não é um jogo muito fácil, mas o sentimento de desconforto e conquista que ele cria é algo que me orgulho muito.

The Enemy: E pensando no futuro, o que vem adiante para o game?

Dylan Walker: Neste momento eu sinceramente não tenho ideia, já lancei a primeira grande atualização com correções e estou de olho nos comentários dos jogadores. O que virá no futuro vai ser uma surpresa para todos nós.