Invincible: Guarding the Globe é o novo jogo da Ubisoft para aparelhos mobile. Combinando elementos de gacha com o gênero idle gaming, onde o jogo continua rodando mesmo com o usuário deslogado, o game inspirado pelos quadrinhos e pela série Invencível é divertido, apesar de pecar na repetitividade.

Com alguns dias de gameplay já registrados, graças ao acesso antecipado fornecido pela Ubisoft, é perceptível que Invincible não tem tanto apelo assim para a monetização — ironicamente, espera-se o contrário de um jogo mobile. Claro, colocar dinheiro no jogo vai fazer seu progresso andar bem mais rápido, mas não é algo tão necessário assim.

O foco de Guarding the Globe está em sua campanha: ao longo de vinte capítulos, o jogador tem de superar uma série de batalhas automatizadas para avançar e receber recompensas. As batalhas são rápidas e, para vencê-las, é necessário escalar um time de super-heróis, cada um com suas habilidades específicas.

Imagem de divulgação de Invincible: Guarding the Globe
Divulgação/Ubisoft

É aí que entra o ciclo de gameplay: há super-heróis mais fortes e raros que os outros, e combinar heróis repetidos melhora suas estatísticas. Em paralelo, é necessário acumular experiência e itens adicionais para melhorar seu poder de batalha.

A campanha não é suficiente para fornecer tudo que o jogador precisa para deixar seu esquadrão forte, e o aspecto de idle gaming se marca presente nisso: as Operações da ADG são missões com tempo de duração pré-determinado, variando entre alguns minutos e várias horas. O grosso dos recursos do jogo estão nessas missões, e é necessário ter paciência para que elas se cumpram e você colha a experiência necessária para subir seus heróis de nível.

Da mesma forma, é possível colher recursos que foram acumulados por até 12 horas enquanto se estava offline. Há também as Alianças, outra seção de batalhas automáticas, em que é possível se juntar a outros jogadores para vencer as enormes hordas de inimigos.

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No fim das contas, Guarding the Globe é o tipo de jogo que se abre algumas vezes por dia para gerenciar suas missões e, caso já tenha evoluído seus heróis o suficiente, avançar na campanha. Boa parte do jogo é feita de forma automática, com seus heróis batalhando por você.

É bastante coisa para aprender, mas é fácil de se acostumar com o jogo, e muito se deve à interface bem limpa e com notificações que são, de fato, úteis. Uma bolinha vermelha no menu sempre vai significar que há alguma recompensa ou novidade importante esperando por você.

Imagem de divulgação de Invincible: Guarding the Globe
Divulgação/Ubisoft

O grande problema do jogo está em sua repetitividade: os inimigos enfrentados na campanha são, literalmente, os mesmos heróis que você pode recrutar para seu elenco. A narrativa justifica isso com clones, mas é fato que não há grande variedade nas batalhas a serem enfrentadas.

Ainda assim, para encarar os inimigos mais fortes, é necessário ter alguma estratégia e equilibrar seu esquadrão com bons posicionamentos e itens adicionais. Por ser um jogo onde o progresso é lento, também, a repetitividade acaba sendo abrandada.

Para quem está procurando um jogo simples e que não demande tanta atenção assim, Invincible: Guarding the Globe pode ser uma boa pedida. A ação automatizada é ótima para quem não quer gastar tanta bateria, e também alivia a parte técnica dos aparelhos: sem precisar de um FPS alto ou processar grandes ações, o jogo deve rodar com tranquilidade na maioria dos celulares.


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