Quando você pensaria que poderíamos nos reunir em um evento de moda a nível internacional para assistir um desfile das tão conhecidas skins dos jogos? 

Pois é. Ainda é um pouco surreal — para mim — que o mundo da moda esteja andando lado a lado com o mundo dos games, mas afinal, que mundo hoje em dia não está acompanhando a crescente do mercado de jogos?

Nesta quarta-feira (17), fui convidada a assistir o desfile especial de Free Fire — o battle-royale mobile da Garena —  na 52º edição do São Paulo Fashion Week, o maior evento de moda do Brasil. 

“Mas como assim desfile de Free Fire?”, você deve estar pensando. A Garena fez uma parceria com o Santander e dois estilistas famosos — Daniel Ueda e Alexandre Hercovitch — para recriar 20 skins do game e vesti-las em modelos para desfilar na passarela do evento. 

Se você (como eu) entende pouco do mundo da moda, vou te contar algo que eu aprendi: a moda sempre busca inovação. Sempre se reinventa. E os games são inovação e criação. O tempo inteiro.

É claro que existe a parte financeira ligada a esse crescimento da indústria de moda nos games — que eu não vou entrar em detalhes —, mas não podemos deixar de lado também a parte da inovação e liberdade.

Ambas grifes de moda e franquias de jogos ganham com esse tipo de parceria. E é interessante ver como as ações carregam um pouco do DNA de cada uma delas. O mais interessante ainda é ver onde os jogos podem chegar.

Eu até consigo escutar algumas pessoas falando “olha só onde esse joguinho chegou” e sorrir tranquila por saber que isso é só o começo.

E me alegra ver que foi o Free Fire a alcançar essa conquista. Um jogo que começou tímido e pouco conhecido mas ganhou popularidade por oferecer o que a maioria dos jogos — infelizmente — ainda não oferecem hoje: acessibilidade.

Ele tem a mecânica leve, gráficos que não estão no foco principal, mas sim a jogabilidade e roda em qualquer celular, por mais barato que possa ser. Isso faz com que diversas pessoas no mundo possam ter acesso a esse jogo e consigam usufruir do entretenimento de forma saudável. 

A união do Free Fire com estilistas que reuniram esforços para trazer para as passarelas as skins do jogo é a prova de que as portas estão se abrindo cada vez mais pro mundo dos games e, principalmente, para quem está neles.

Foi emocionante ver no palco muito daquilo que vemos no game e, honestamente, esse desfile foi um marco tanto para os jogos quanto para a moda. Veio para mostrar que é possível romper a barreira que separa os games da bolha privilegiada das tendências de moda.

Além de mostrar que a tendência, atualmente, é muito influenciada por diversos tipos de universos dos jogos. Jogo também é moda.

Além disso, o Santander também uniu o útil ao agradável e realizou um leilão virtual com as peças que foram destaque na passarela do SPFW — com lances mínimos de R$2.000, todo o valor arrecadado vai ser destinado para programas de ajuda a pessoas em situações de fome e pobreza.