My Time At Portia vendeu mais de dois milhões de cópias em todo o mundo para PC e consoles e se tornou um dos games mais populares da Steam, e agora chegou para os dispositivos móveis. A equipe do The Enemy teve a oportunidade de testá-lo e vamos contar o que esperar dele nas telinhas do celular.

Se você gosta de jogos como Animal Crossing, Stardew Valley e Story of Seasons, vai se apaixonar - de cara - por My Time At Portia. Eu, como grande fã desses jogos, já havia jogado o mesmo no PC e agora que tive a oportunidade de jogar no celular, fiquei mais apaixonada ainda.

Ele é um jogo de simulação de fazenda que parece simples e básico, mas mistura mecânicas de RPG e oferece recursos de simulação de vida em um incrível mundo aberto 3D. 

Ele entrega tudo o que um simulador de fazenda normalmente têm: coletar madeiras, pedras e todo tipo de material, criar animais, mergulhar em cavernas e lagos, pescar, a agricultura em si - todo o plantio - e também te dá a possibilidade de lutar contra alguns monstrinhos que habitam as regiões.

Um ponto extremamente positivo pra mim ao jogar My Time At Portia no celular foi que não fiquei com motion sickness nenhum, já que na versão para PC tive bastante enjoo e não pude aproveitar tanto quanto gostaria.

A interface do jogo está redesenhada para melhor atender as expectativas dos usuários de dispositivos móveis, com mecânicas iguais a de um MOBA (Wild Rift, por exemplo) onde você tem o arco para andar do lado esquerdo e no lado direito os botões para rolar, socar, pular ou interagir com algum objeto e/ou pessoa.

Também há o salvamento manual e automático disponível, caso o jogador prefira deixar com que o jogo salve sua progressão automaticamente. Ainda não foi mencionada uma progressão entre plataformas, mas seria muito bacana de ver isso num futuro próximo.

Conforme você avança no jogo, é possível melhorar sua casa, comprar diversos tipos de decorações e mobiliá-la do jeitinho que você quiser. Também são liberados alguns outros tipos de mecânicas muito legais com o passar do tempo, como andar à cavalo e explorar masmorras antigas da cidade de Portia entre outros.

Entendo totalmente a comparação sempre presente de My Time At Portia com Stardew Valley, mas é bom ressaltar que ambos - embora tenham muitas funcionalidades parecidas - são totalmente diferentes.

Não só pelo visual como também pela jogabilidade e interesses num geral. My Time At Portia prende o jogador - e não estou dizendo que Stardew Valley não o faça - e mesmo que você jogue por horas, nunca parece o suficiente para saciar sua vontade de explorar mais e mais.

My Time At Portia é um dos jogos pós-apocalípticos mais gostosos de se jogar, porque toda a experiência é cheia de otimismo. A humanidade está se reconstruindo no jogo, porque tudo que eles conheciam foi devastado, e depois de muitos anos, o seu personagem chega em Portia para seguir os passos de seu pai e se tornar um construtor.

O objetivo da história e do jogo é simples: expandir Portia e se tornar o principal construtor da cidade e para isso, você vai ter que trabalhar muito enquanto coleta diversos tipos de materiais e trabalha nas construções. E, acredite em mim, existe muita coisa pra fazer no jogo.

Com o celular, o jogo funciona melhor do que no PC para aqueles que não querem perder nenhum dia do calendário de Portia para explorar a cidade, juntar materiais ou andar por aí sem rumo e conhecer as redondezas.

O port de mobile não perde em nada - na minha opinião - para a versão de computador, e a adaptação serviu muito bem. Fiquei feliz porque agora vou poder, finalmente, me aprofundar bem mais no universo de Portia como não havia feito no PC por causa do enjoo.

O jogo também pretende ajudar os jogadores a progredirem com mais conforto e concluírem as tarefas de maneira mais eficiente, por isso, a versão mobile oferece rastreamento de itens e de tarefas, além de localização automática. Se você estiver se sentindo perdido durante a criação de algum material ou qualquer coisa, pode rastrear facilmente o material que falta - o que é sensacional, devo dizer.

A interface de usuário é semitransparente, bem como a barra rápida recuperável e a barra de tarefas para garantir que mesmo em uma tela de 5 polegadas o jogo não pareça desordenado.

Ah, outra coisa bacana e bem parecida com Stardew Valley também é a possibilidade de interação com os integrantes da cidade de Portia, existem mais de 50 personagens interativos. Você pode até mesmo começar um relacionamento e casar-se com algum deles. E esse, honestamente, foi um dos meus pontos de dificuldade porque a curva de aprendizado para entender os personagens foi um pouquinho difícil, mas nada impossível.

My Time At Portia está disponível em 13 idiomas, incluindo português. Os outros são: inglês, português, alemão, francês, coreano, japonês, russo, vietnamita, turco, espanhol, italiano e chinês tradicional e simplificado.

Recomendo jogá-lo se você curte gerenciadores de fazenda, como Stardew Valley, Story of Seasons ou mesmo Animal Crossing. O port para mobile facilitou muito a vida de quem curte um joguinho leve e exploratório pra levar pra qualquer lugar.

Nota do crítico