O painel sobre o impacto social que os games podem ter na vida das pessoas, principalmente nas favelas, contou com a presença de Gui Barbosa, diretor de uma organização autônoma focada em games e negócios web3, Paulo Espanha, presidente do Instituto RioGamer, Ricardo Chantilly, diretor gera dal AfroGames e Thaís Dias Xavier, Desenvolvedora de jogos digitais e analogicos.
Existem uma série de projetos que estão mudando a vida das pessoas para melhor, utilizando a mídia que mais atrai jovens hoje em dia, que são os videogames. A Afrogames é uma delas, como um centro de formação de atletas de E-sports em favelas, o projeto visa dar oportunidades para quem não vê outros caminhos.
"A educação formal não vai resgatar as crianças que ficaram por 2 anos fora das escolas na pandemia", explica Ricardo ao lamentar o fato de que muitas crianças sem escola acabaram entrando para o tráfico nos últimos anos por ser a única oportunidade que vislumbraram no meio onde viviam. Para criar novas oportunidades,a Afrogames em parceria com outras organizações passou a dar aulas de web3 e blockchain para jovens da favela, e observaram que muitos garotos que estavam no crime, naturalmente saíram do crime por vontade própria ao vislumbrar uma outra oportunidade que os atraíam, mostrando só estavam no crime pois não viam outro caminho para suas vidas.
Gui Barbosa também apresentou o projeto BAYZ, que fornece gratuitamente aulas, tutoriais e guias sobre os principais games do novo modelo "play-to-earn", de jogos como Axie Infinity, Thetan Arena, Worker Town, Golden Bros que utilizam de tecnologia NFT e blockchain para permitir que jogadores ganhem dinheiro jogando.
"O jogador deixa de pagar pra jogar jogos, e passa a ser remunerado por jogar games, algo muito novo que também está mudando a vida das pessoas.", explica Gui Barbosa que acredita que esse novo modelo pode também ser uma oportunidade para melhorar a vida dessas pessoas.
Thaís, hoje desenvolvedora de jogos, trouxe seu relato sobre o poder transformador dos games como uma das jovens formadas nos cursos oferecidos pelos projetos sociais da AfroGames. Ao apresentar seu novo jogo, ela conta que já recebeu prêmios em dinheiro por vencer competições em Game Jams e que hoje trabalha com isso graças às oportunidades que encontrou neste meio. "O projeto trazer essas pessoas da periferia para os games é algo muito positivo, você tira a pessoa da linha da desesperança", diz Thaís.