Os melhores momentos do primeiro dia da Rio2C

O primeiro dia começa com a presença de Gaules contando sua trajetória e desvendando as estratégias por trás de como ele conseguiu inovar no mercado de streaming transcendendo os games e chegando a conquistar em seu canal a primeira transmissão da NBA Twitch, coisa que nem em inglês havia sido feito ainda.

A grande sacada foi perceber que a cobertura de eSports no Brasil não se comunicava com os jogadores, quando isso começou a crescer no Brasil as emissoras trouxeram pessoas do esporte convencional para administrar as transmissões, então o formato de transmissão do esporte eletrônico ficou muito parecido com o esporte tradicional. Era muito corporativo.

"Eu não gosto disso, quando estou assistindo um jogo de CS eu conheço o jogo, não precisa ficar alguém narrando o tempo inteiro a partida, será que não dá pra ser um negócio mais leve? Então comecei a criar um conteúdo de esporte eletrônico da forma que eu como jogador gostaria de consumir, em um estilo que se parece mais com amigos conversando enquanto assistem uma partida juntos"

Este novo formato explodi de popularidade, pois as pessoas se sentem mais em casa assistindo e preferem. As empresas começaram a gostar desse novo conceito, o que abriu muitas possibilidades até de apresentar novos esportes para pessoas que não assistem televisão e portanto não estão são sendo impactadas pela mídia tradicional. A stream “de casa” é o ‘algo a mais’ que Gaules conquistou.

A NBA gostou da idéia, e hoje eles transmitem com exclusividade, o que não havia acontecido ainda em lugar algum no mundo, nem nos EUA onde a liga é extremamente popular.

Para o futuro, Gaules demonstra preocupação em escalar as transmissões com responsabilidade para que não precise trabalhar muitas vezes 18h por dia, e diz que não importa onde a tribo vai estar desde que se mantenham com os mesmos valores que tinham desde o começo "A partir do momento que vc cresce e deixa isso de lado, esse é o maior perigo".

A Rio2C também contou com a presença de Playhard mostrando que seus empreendimentos e visões inovadoras vão muito além da LOUD, organização de eSports e lifestyle que virou um fenômeno no mundo inteiro e contando como foi ser convidado para o BBB e por que negou o convite.

Playhard explicou que para o futuro, eles pretendem ir muito além dos games. A LOUD vai continuar expandindo o conteúdo de entretenimento e lifestyle que já fazem, mas ele vê uma oportunidade grande de conseguir impactar e gerar valor verdadeiro para uma audiência de 35~40 milhões de usuários únicos no Brasil através da Web3, incorporando tecnologia blockchain.

"Vai existir um novo jeito de usar e consumir internet, no Brasil isso ainda está sendo dismistificado e nós queremos fazer parte disso. Já conseguimos traduzir muitas marcas tradicionais pra uma nova audiência e queremos continuar fazendo isso junto ao público com as novas tecnologias, essa é parte da nossa estratégia para os próximos anos."

Por agora, Playhard pretende focar em mais times, mais influenciadores, mais conteúdo e diz já estarei testando algumas formas de expandir internacionalmente, mas não da forma que todos esperam. Ele explica que nao tem tanto impacto expandir a marca LOUD pro mundo todo pois eles tem muito mais a cara doBrasil. Para expandir internacionalmente terão que ser outras marcas com a cara daqueles países para dar certo.

Sobre o BBB, Playhard revela que foi sim chamado para o programa na edição de 2020 com Manu Gavassi, Babu, Pyong Lee, entre outros e conta que não aceitou o convite por ter uma vida muito corrida e por acreditar que nesta fase de sua carreira como influenciador não valeria a pena ter uma exposição a nível nacional para pessoas que não conhecem sua história o julgarem por uma atitude ou outra dentro de uma casa vigiada 24h.

"Sou uma pessoa reservada, não gosto de conflito… tinha tudo para dar errado se eu fosse", brinca.

Assim como Gaules, Playhard também demonstrou preocupação em estar trabalhando demais, e diz estar estudando como vai escalar seus negócios sem que isso tome tanto tempo de sua vida pessoal e familiar.

Finalizando as palestras do GAME+ no dia, o evento apresentou Nobru, campeão mundial pelo Corinthians, eleito o melhor atleta do mundo de Free Fire e dito como o rosto da Geração Z para falar um pouco de sua trajetória, futuro e como ele devolve para a comunidade com projetos de responsabilidade.

Com muito carisma Nobru conta um pouco de sua trajetória saindo da favela mas enfatiza que não veio para falar das dificuldades que passou, e sim que apesar das dificuldades, onde a as pessoas podem chegar. Inspiração para muitos, Nobru conta que nascer na Favela o ajudou a manter sua essência de moleque, carismático e agregou muito na trajetória que está seguindo atualmente.

"No último ano da escola, eu estudava de noite e acabei sendo assaltado, perdi meu celular", conta Nobru sobre como começou a se interessar pelo Freefire. 

"Sempre fui um moleque estudioso mas gostava daquela resenha com a galera do fundão né, só que sem o celular chegou uma época que estava impossível resenhar com meus parceiros pois todo mundo só sabia falar de freefire. Não ligava tanto pra celular, preferia jogar bola e soltar Pipa mas começou a virar uma necessidade, eu tinha que jogar aquilo não só rpa me divertir, mas pra trocar uma idéia ali com meus amigos e participar da resenha"

E foi pegando o celular emprestado de seu pai para jogar Free Fire que Nobru percebeu que era diferenciado e entrou de cabeça no game "Nunca pensei ser o melhor do mundo em alguma coisa, acabei sendo o melhor do mundo no freefire". 

O campeão e agora empresário contou sobre responsabilidade social e como sempre achou importante devolver e ajudar as pessoas. Nobru diz que no início não gostava de revelar seus projetos e ações de caridade mas que com seu parceiro e amigo Cerol aprendeu a importância de sua influência e como as ações que ele faz podem incentivar oturas pessoas a fazerem o mesmo. Nobru tem um um histórico de ajudar hospitais, fazer doações a crianças carentes e em Janeiro deste ano anunciou o Instituto Fluxo, entidade filantrópica com o objetivo ajudar pessoas carentes.

Sobre o futuro de sua carreira e do Fluxo, organização de esports criada por Nobru e Cerol, ele conta que recentemente criou o NobruVlogs, um projeto de criação de conteúdo inspirado no Mr. Beast, fenômeno mundial de vlogs focados em conteúdo para a geração Z. Para o Fluxo, Nobru não quer apenas pensar em dinheiro, já recebeu propostas milionárias para comprar a organização mas acredita que o Fluxo é uma família e que não basta dinheiro pra chegar onde chegaram, quem quiser participar do projeto tem que estar junto dessa família de perto.

Nobru brincou também com a possibilidade de retornar à sua paixão de criança e o Fluxo comprar um time de futebol. "Já pensou?"