Aos poucos, com o estouro das vendas, a campanha de lançamento do Xbox 360, novo videogame da Microsoft, se revela um sucesso. Mas há uma questão que persiste desde os dias de desenvolvimento do console. Com seu alto poder de processamento e interfaces multimídia, o produto deve custar caro ao fabricante. Quanto, afinal, a companhia de Bill Gates lucra por unidade? Ou tem prejuízo?

A revista BusinessWeek se arriscou a calcular. Primeiro, em 2001, quando a Microsoft lançou o primeiro Xbox, estimava-se que a empresa perdia 125 dólares por unidade vendida - isso dá um prejuízo de 4 bilhões, somando-se todos os milhões de consoles vendidos nestes quatro anos. Como no corrente ano fiscal a Microsoft inteira lucrou nada menos que 44,5 bilhões, o valor parece insignificante. E mais. Como a empresa superou a Nintendo e ficou com o segundo lugar, atrás da Sony, no número de unidades vendidas, os custos foram soterrados pelas comemorações.

Agora, o problema, em termos, se repete. A revista executou a conta por meio da empresa de pesquisa tecnológica iSuppli. Pegou-se um 360 e calculou-se o custo de cada componente eletrônico. A conclusão: o hardware de cada console custa 470 dólares. Ou seja, como o videogame custa 400 na loja (o modelo completo, com disco rígido, não o pelado, que sai por 300), a Microsoft perde 71 dólares para cada 360 vendido.

A fatura fica mais aguda quando a iSuppli junta todos os periféricos que não são, em tese, hardware. Controle sem fio, fone de ouvido, cabo Ethernet, controle remoto universal, componentes de alta-definição, cabos e fonte... O preço de tudo isso vem embutido no valor do console, mas o consumidor não paga nada a mais. Assim, somando tudo, a perda da Microsoft chega ao mesmo valor do Xbox original: 126 dólares.

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