Após muito mistério, o criador de God of War, David Jaffe, apresentou no palco da PlayStation Experience o novo projeto de seu estúdio independente, o The Bartlet Jones Supernatural Detective Agency. O jogo é um arena shooter em terceira pessoa chamado Drawn to Death. Confira o trailer abaixo:

Não há muito segredo aqui. Quatro jogadores são postos dentro de uma arena com um simples objetivo: matar tudo que vê pela frente. O gameplay é rápido e com tendências arcade. Pulo duplo, parkour, power-ups, especiais e armas dos mais diferentes tipos recheaiam o modo multiplayer. Drawn to Death se mostrou competente em todos os fundamentos do gênero. Sempre tem alguma coisa acontecendo, é difícil passar mais de um minuto sem entrar em combate e a ação flui bem de um lado ao outro do mapa.

O diferencial de Drawn to Death é o fato de se passar no caderno de um adolescente no ensino médio. A estética vai de acordo com isso, e o cenário, efeitos especiais e personagens são todos desenhados a mão - até o manual com os controles entregue a quem testa o jogo é desenhado - e isso resulta num visual completamente diferente do visto atualmente. Apesar de ser um build pre-alpha, Drawn to Death rodava a 60 quadros por segundo, o que tornava os gráficos ainda mais bonitos.

Até a forma com a qual os personagens explodiam tinha um aspecto de papel, como se fossem rasgados e jogados fora. Tudo é fruto da mente perturbada de um garoto em seus 16 anos, com desenhos representando seus pesadelos, bandas e personagens favorits e humor negro. Não é incomum ver influências de heavy metal no design dos personagens, e tudo tem um aspecto um tanto quanto perturbador.

Entretanto, para um título com tanta ação e influências de rock 'n' roll, Drawn to Death é estranhamente quieto. Não há música, as armas não são barulhentas e não soam poderosas. Explosões mal tem impacto auditivo e os feitos do jogador poderiam ser acompanhados de mais estardalhaço. Outro problema é o 'especial' que traz o menino por trás de todos os desenhos para o jogo. Ao usá-lo, o personagem é carregado pra cima pela mão do garoto e pode navegar o mapa em segundos atirando nos adversários que se encontram nas ruas e prédios abaixo. As mecânicas deste aspecto específico não são claras e há certa confusão no primeiro momento. Para piorar, a mira ficou totalmente fora do controle com uma sensibilidade alta.

Entretanto, é difícil não ficar confiante. Jaffe é um desenvolvedor talentoso e, junto com sua equipe, sentava após cada sessão de teste do lado dos jogadores para ouvir o feedback. A atitude com certeza gerará frutos e fãs de jogos de tiro multiplayer devem prestar atenção em Drawn to Death.