LEGO Marvel Vingadores | Crítica

Não importa se você vai derrotar o Hulk com um peixe, salvar galinhas da base militar ou ver o Stan Lee sempre se dando mal: em LEGO Marvel Vingadores, você vai rir de qualquer maneira. O game traz todos os bons elementos da franquia dos bloquinhos tradicionais, mas ainda é o tipo de diversão que todos os jogos da série LEGO oferecem, trazendo uma pitada daquela receita genérica de sempre.

Um elemento interessante no jogo é como ele se baseia nos filmes ao mesmo tempo que traça seu próprio caminho. O título remete apenas aos Vingadores, mas o jogador viajará pelas diversas histórias que compõem o universo Marvel tanto do cinema quanto das séries. É um belo mix entre Vingadores, Vingadores: Era de Ultron, Homem de Ferro 3, Thor: O Mundo Sombrio, Capitão América: Soldado Invernal, Agente Carter e Agentes da S.H.I.E.L.D.

A forma como o game foi desenvolvido para trazer uma desconexão temporal dessa mistura de narrativas acertou em cheio: enquanto as crianças que não puderam assistir às obras relacionadas ao universo Marvel entenderão muito bem o foco da história em si, os marmanjos esperarão determinadas cenas e serão surpreendidos por um momento importante de outro lado da história. Você nunca sabe o que vai acontecer depois.

Os mais de 200 personagens com funções específicas - desde explodir o cenário inteiro com a arma do Agente Coulson até esmagar tudo com o Hulk - dão ao jogador a experiência de controlar tanto os protagonistas até as personalidades não tão reconhecidas desse extenso mundo que a Marvel criou.

Inclusive, a preocupação tanto da empresa responsável pelas HQs icônicas e da Warner em produzir uma adaptação fiel o bastante dos filmes não impediu que o jogo recebesse elementos humorísticos básicos em toda a franquia LEGO. Stan Lee, por exemplo, aparece diversas vezes ajudando (ou atrapalhando) como pode e o jogador consegue até desbloqueá-lo como personagem jogável… se for persistente o bastante.

Apesar de ser muito difícil conseguir achar todos os itens presentes em casa fase, o game traz elementos muito tranquilos em sua jogabilidade e é incrível para desenvolver reflexos nas crianças. Porém, mesmo para adultos, muitas vezes LEGO Vingadores deixa de ser intuitivo e pode gerar uma frustração do jogador ao rodar o cenário inteiro sem saber direito o que se fazer, enquanto fica demonstrando repetitivamente objetivos óbvios.

Sem dúvidas um dos melhores momentos do game foi durante uma maratona de final de semana, quando a subsequência de capítulos ficou cansativa até o mundo aberto dar as caras. A possibilidade de rodar a cidade no melhor estilo GTA destruindo todo o cenário ou até atropelando civis - não que as pessoas queiram fazer isso, obviamente - trouxe um novo brilho ao jogo.

Um outro ponto positivo vai para a localização realizada no Brasil. Apesar das falas no game não serem extraídas do filme dublado - um componente encontrado no jogo em inglês - a Warner fez com que outros atores dublassem LEGO Vingadores, permitindo uma completa compreensão do público brasileiro.

Não importa se você é um grande fã dos Vingadores ou se quer apresentar a magia desse universo de super-heróis aos seus filhos, o título de LEGO vai fazer de tudo para divertir quem está segurando o controle. Apesar de trazer alguns componentes diferenciados, ainda não é suficiente para surpreender aos jogadores dos outros games da franquia. Agora é esperar para ver se LEGO Star Wars: O Despertar da Força conseguirá reverter isso.

LEGO Vingadores está disponível para PlayStation 4, Xbox One, PC, PlayStation 3 e Xbox 360. A versão testada foi a de PlayStation 4.