O PGL Major Antwerp 2022 é mais um Major em que um bug do Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO) foi apresentado ao mundo. De acordo com a PGL, o uso do mais novo erro não só não acarreta em nada ao jogador, como também está liberado indiscriminadamente. Qual o critério que a Valve e suas organizadoras usam? Ninguém sabe…

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Qual é o bug da vez?

De forma simplificada, o bug da vez é uma smoke que m0NESY faz por cima de outra smoke inimiga, a qual abre uma brecha para que ele veja tudo claramente, enquanto os inimigos não conseguem vê-lo.

O atleta da G2 utilizou desse artifício em pelo menos dois confrontos no Major. Uma vez contra a Natus Vincere e outra diante da Imperial.

Não se trata de uma one way, pois a granada para no ar e não sobre uma estrutura sólida. É consenso também, entre os profissionais, que isso não é algo normal. Tanto que houve um "acordo de cavalheiros" entre eles, o qual proíbe o uso deste tipo de smoke daqui pra frente, durante o Major.

Ao mesmo tempo, a decisão da PGL em liberar a granada foi duramente criticado pelos pro players, nas redes sociais.

Por que acontece muito em Major?

As competições com o status de Major já são conhecidas por esses tipos de polêmicas comumente. Mas por que? A resposta para isso é simples: o Major é o torneio mais importante do CS:GO, por isso, sempre que jogadores descobrem qualquer "pézinho" diferenciado, granadas ou pixels incomuns e que lhe dão vantagens, eles costumam guardar para momentos críticos, que são os próprios Majors.

Não é difícil lembrar de outras polêmicas que aconteceram em torneios Major, como o "pulo da BIG na Inferno" e o pézinho da Fnatic na Overpass, contra a LDLC. O pézinho foi proibido pela organizadora e a partida em que foi usado teve que ser refeita. Já o pulo da BIG foi liberado, assim como a smoke de m0NESY.

A falta de critérios

Seja a smoke de m0NESY, o pézinho da Fnatic, o pulo da BIG ou até mesmo o famoso bug do coach, todos tem uma coisa em comum: São erros do jogo e não deveriam ser possíveis.

Mas o que difere cada um deles? Em sua essência, nada. Mas no âmbito externo, o que difere esses casos são as decisões sobre cada um deles. Alguns são sumariamente ignorados pela Valve e pela organização do Major, enquanto outros resultaram até mesmo em banimento permanente de Major, como é o caso do bug do coach. Alguns treinadores provaram que não utilizaram o bug, mas foram punidos somente pelo fato de não interromperem a rodada em que ele aconteceu.

Mas por que? Essa é a grande pergunta não respondida. Torneio após torneio, Valve e companhia provam que não possuem critério algum sobre suas decisões, sempre arbitrárias.

Vale pontuar que a ideia desse texto não é uma caça às bruxas contra os jogadores. M0NESY jamais poderia ser punido, pois agiu de forma inteligente e perguntou antes aos administradores se poderia utilizar a smoke e foi liberado. O erro aqui não é do jovem, mas sim de quem permite um bug indiscriminadamente e, pouquíssimos dias antes do campeonato, impede que treinadores participem da sua competição, sem chance de defesa, por outro bug

O debate aqui poderia até tomar um outro rumo e ser discutido o quanto um bug beneficia a mais que o outro. Com base nisso, punições mais e menos severas poderiam ser tomadas. Não discordo. Mas uma coisa é certa: Todos deveriam ser igualmente proibidos e não foram. Novamente me pergunto o porquê e não encontro a resposta. Alguém por aí encontrou?