Após ser citado por diversos jogadores que negociavam com a equipe, a FURIA entrou em contato com Ranger.
A organização, que conquistou em 2021 vagas nos majors de CS:GO, Rainbow Six: Siege, Rocket League e VALORANT, não teve um ano de brilho no CBLOL, longe disso. Ficaram em penúltimo lugar na Primeira Etapa e em último na Segunda. Jaime Pádua, CEO da organização, deixou claro que mudanças seriam feitas para atingir o “padrão FURIA” de excelência. Para isso, a equipe foi ligeira em contratar Maestro, ex-INTZ e vencedor dos últimos dois Prêmios CBLOL na categoria “Melhor Técnico”.
“Já tinha trocado uma ideia previamente com o Maestro, e tínhamos alinhado as minhas expectativas para o ano que vem”, comentou Ranger. “É um cara que respeito muito pelo trabalho que fez na INTZ, e com certeza está motivado após mudança de ares e quer formar um elenco vencedor para o ano que vem. O que eu precisava era conversar e ver o que o Jaime pensava”.
Por questões de privacidade e conforto, o dirigente não autorizou a presença da reportagem do The Enemy nas conversas contratuais com Ranger, que aconteceram no dia seguinte às da INTZ. Do escritório da FURIA nos Estados Unidos, Jaime conversou com Ranger virtualmente já entendendo a maioria dos planos do Caçador para o ano seguinte, suas prioridades, seu valor de mercado e muito mais. A reunião seria mais para ver se as ideias e o “santo” batiam.
“E bateram”, confessou Ranger. “Jaime é um cara incrível e que entende exatamente qual é o seu papel na organização e na montagem de um elenco. O padrão de excelência da FURIA sempre foi grande, então o trabalho deles no LoL este ano foi longe de ser o que a organização sempre representou, pelo que ele mesmo me disse”
Segundo o Caçador, Jaime nunca cobrou resultados de seus elenco pois via que todos davam seu 100%. Pressionar as equipes nunca foi o jeito que as coisas funcionam na FURIA. “Às vezes é difícil pra quem está fora do time entender que nós já nos cobramos muito, às vezes acima do aceitável, para performar bem e vencer”, disse Ranger.
Apesar de não conhecer o espaço físico da organização em São Paulo, a força da comissão técnica e do elenco que a FURIA estaria montando, com base nas próprias pessoas que recomendaram a contratação de Ranger, deu ao jogador um voto de confiança no trabalho.
“E foi a única organização que não me ofereceu uma proposta, e sim pediu para eu enviar uma”, disse Ranger. “Fui transparente, tinha três propostas na mão e passei o valor que eu acho justo considerando o meu valor de mercado e o que tenho a oferecer dentro e fora de jogo”.
O santo de Jaime também bateu com Ranger. O dirigente recebeu a proposta e disse que retornaria para o Caçador até o dia seguinte.