Quando Call of Duty: Infinite Warfare foi anunciado, em maio deste ano, os fãs não receberam seu cenário de guerra espacial muito bem: no momento que este texto é escrito, são 3,2 milhões de "descurtidas" contra apenas 500 mil curtidas para o primeiro trailer do game no YouTube. 

Mas de acordo com o diretor de comunicação da Infinity WardEric Monacelli, que conversou com o Omelete na Call of Duty XP, o estúdio não mudou o game mesmo com toda essa reação negativa. "Mantivemos 100% do nosso plano. Nós sabíamos que, quando as primeiras reações apareceram, ainda tínhamos muito a mostrar."

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"Acho uma das coisas mais importantes da franquia é que as pessoas se importam. Elas estão prestando atenção. Ter a resposta que tivemos nos motivou. Ainda tínhamos muito a mostrar quando o primeiro trailer saiu", diz Monacelli.

De acordo com Monacelli, a confiança da Infinity Ward no próprio trabalho se pagou quando o jogo foi exibido na conferência da Sony na E3 2016, em um vídeo elogiado porque as pessoas não sabiam que se tratava de um Call of Duty - o nome só apareceu no final. "Foi bom, depois que o vídeo apareceu na E3 e pudemos mostrar que aquele era nosso jogo", brinca. "Foi um bom sentimento, e o que buscamos o tempo todo."

Uma das principais reclamações sobre Infinite Warfare está no fato de a franquia continuar com cenários futuristas - já é o terceiro game seguido com a temática, após Advanced Warfare Black Ops 3. Mas, de acordo com Monacelli, a decisão não teve a ver com tendências de mercado, e sim com uma justificativa calcada em um futuro possível.

"Conversamos com muitos militares sobre como seria a guerra no futuro, e eles nos responderam que lutas no espaço são uma realidade bem possível. Lá existem muitos recursos pelos quais as pessoas irão lutar", diz o diretor de comunicação.

"Quem minerar o primeiro asteroide e trouxer os recursos para a Terra terá grande vantagem geopolítica. A história da guerra sempre envolveu briga por recursos naturais, então, quando há dinheiro, recursos e poder, o espaço é um local bem plausível para situarmos o nosso jogo. É a próxima fronteira. Temos empresas planejando excursões a Marte. É uma possibilidade."

Há uma chance de Call of Duty voltar ao passado? "Nunca se sabe. Agora, estamos pensando em Infinite Warfare e em fazê-lo incrível, mas, a verdade é que queremos ter uma boa história para contar. O espaço é um tópico relevante no momento, mas, quem sabe?", pondera Monacelli. 

Um dos objetivos da Infinity Ward com a campanha do novo CoD é oferecer uma experiência com transições sutis. "Nós nos certificamos de que o jogador fique imerso desde o primeiro segundo que a narrativa começa até o final. Queremos levá-lo em uma jornada emocionante na qual você pode sair da ação no planeta para o espaço sem pausas", explica o diretor de comunincação.

A ideia é que o combate de chão, as lutas entre naves espaciais e as interações na Retribution, a nave que servirá de "centro de comando" para a campanha, sejam alternados com um certo grau de liberdade pelo jogador. "Temos uma história linear, mas, após um momento em que você passa das primeiras fases, há um ponto onde há algumas missões paralelas", diz Monacelli.

Jon Snow como vilão

Em alta com Game of Thrones, Kit Harington é provavelmente o nome mais famoso do elenco de Infinite Warfare, no papel do vilão Salen Kotch. O personagem foi escrito como a figura central da Settlement Defense Front (SDF), a organização de trabalhadores do espaço que se revoltou contra quem mora na Terra

"A SDF é aquele tipo de organização que, se o líder morrer, outra pessoa tomará seu lugar. Nós procuramos um ator para o papel e encontramos Kit, que estava muito a fim de fazê-lo. Dai, acabamos desenvolvendo o personagem, moldando-o para a interpretação de Kit", explica Monacelli.

Call of Duty: Infinite Warfare chega em 4 de novembro para PlayStation 4Xbox One PC. Fique ligado na cobertura do Omelete para conferir mais novidades sobre o game durante a Call of Duty XP.