Assassin’s Creed Unity prova que a Ubisoft esperou o momento certo para situar a franquia na Revolução Francesa. A recriação digital de Paris, a cidade-sede da empresa, dá várias amostras do que é possível fazer com a capacidade gráfica e de processamento dos consoles da nova geraçã, com ótimos gráficos, uma multidão de NPCs e grande fluidez de movimento. A poucos meses de seu lançamento, o game é o grande destaque no estande do estúdio francês na Brasil Game Show 2014, com uma demonstração disponível para o público.

A seção do jogo disponível na BGS já nos coloca diante de um dos cartões-postais do jogo (e de Paris): a catedral de Notre-Dame, que é reproduzida em escala real e levou um ano para ficar pronta. “O projeto começou há quatro anos, e desde então começamos a desenvolver Paris. Outros prédios também levaram cerca de seis meses para ficar prontos”, revela o designer chefe do game, Benjamin Cyrille Pilch.

A instrução é apenas uma: assassinar um inimigo dentro do gigantesco local. Pilch, explica que a intenção é decidir que você decida qual caminho tomar. “Os personagens também são customizáveis, então você pode decidir seu estilo de jogo: ser mais furtivo, mais barulhento; usar as lâminas ou armas de fogo”, diz.

Já que o rumo fica por conta do jogador, fiz uma rota simples: desci da casa onde estava para andar em meio à multidão, que também é um dos destaques do novo jogo. “O público é imprevisível. Um grupo de pessoas pode causar tumulto e ajudá-lo, ou atrapalhá-lo também. Você não pode controlá-los. Queremos dar vida a eles”, explica Pilch. Em frente à catedral, há um mar de pessoas que realmente parece vivo: só em alguns segundo passeando pela praça lotada, é comum avistar brigas pipocando por todos os lados.

Apesar de a catedral ser gigantesca, chegar até o topo não deu muito trabalho: do chão até a sacada a qual precisávamos chegar, localizada mais ou menos na metade da altura do prédio, Arno não demorou mais do que alguns segundos. Arno é muito veloz e a facilidade de mudar a direção do assassino realmente surpreende, estando vários níveis acima do já fluido sistema de parkour usado em Assassin’s Creed III e Black Flag.

Sobre a personalidade de Arno, Pilch explica que o protagonista se assemelha mais a Ezio do que Connor ou Altair. “Ele é engraçado, dedicado, incisivo, determinado em sua missão. Acho que, por ele ser francês e Ezio ser italiano, há essa semelhança”. O protagonista de Unity, a princípio, começa a lutar pelos assassinos sem saber o que é essa ordem. A história também vai envolver um romance com uma templária. “Arno vai se dividir entre o dever e a paixão”, explica o desenvolvedor.

Em um mezanino dentro da catedral, o alvo era fácil de avistar: ele estava no meio de uma missa cheia, e, com uma corda, podemos nos aproximar dele pelo alto até cair com a hidden blade empunhada. Tarefa simples. Mas chegar até ele se provou ser uma missão mais complicada. Do alto da corda, os guarda-costas do inimigo já haviam me avistado e atiravam para que eu caísse. Não foi apenas a inteligência artificial da população de Paris que melhorou: os inimigos também estão mais espertos.

Para isso, a ajuda de outros jogadores pode ser vital. Pilch diz que este é seu aspecto favorito no jogo. “Quando você joga com seus amigos e planeja suas ações, e vê tudo acontecendo exatamente como vocês pensaram, é incrível”, diz o desenvolvedor. Ele conta que cerca de 35% do jogo será composto deste tipo de missão, que também poderá ser completada por apenas um jogador.

Assassin's Creed Unity sai para PlayStation 4PCXbox One em 11 de novembro.

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