A Xiaomi ultrapassou a Apple e se tornou a segunda empresa que mais vendeu celulares no mundo durante o segundo trimestre de 2021. O primeiro lugar continua sendo ocupado pela Samsung, que completa o pódio.
De acordo com dados da Canalys, empresa especializada na análise de assuntos relacionados a tecnologia, a Samsung tem participação de mercado de 19%. O crescimento, em comparação com o mesmo período do ano passado, foi de 15%.
Com crescimento de 83% na comparação com o mesmo período do ano passado, a Xiaomi detém 17% do mercado de smartphones mundial. Enquanto isso, a Apple fica com "apenas" 14% — o crescimento foi de somente 1%.
Mais duas empresas aparecem entre as cinco maiores do mundo: Oppo e Vivo. Ambas possuem 10% do mercado e tiveram crescimento de, respectivamente, 28% e 27% na comparação com o segundo trimestre do ano passado.
"A Xiaomi está crescendo seus negócios no exterior rapidamente", disse Ben Stanton, gerente de pesquisa da Canalys, em declaração no site oficial da empresa. "Por exemplo, a quantidade de unidades enviadas às lojas aumentaram em mais de 300% na América Latina, 150% na África e 50% na Europa Ocidental. E à medida que cresce, evolui. Agora está transformando seu modelo de negócios de desafiante a incumbente, com iniciativas como a consolidação de parceiros de canal e uma gestão mais cuidadosa de ações antigas no mercado aberto."
"No entanto, a Xiaomi ainda está bastante voltada para o mercado de massa e, em comparação com a Samsung e a Apple, seu preço médio de venda é cerca de 40% e 75% mais barato, respectivamente. Portanto, uma das principais prioridades da Xiaomi neste ano é aumentar as vendas de seus dispositivos de última geração, como o Mi 11 Ultra. Mas será uma batalha difícil, com Oppo e Vivo compartilhando o mesmo objetivo e ambos dispostos a gastar muito em marketing para construir as próprias marcas de uma forma que a Xiaomi não faz. Todos os fornecedores estão lutando arduamente para garantir o fornecimento de componentes em meio à escassez global, mas a Xiaomi já tem os olhos no próximo prêmio: substituir a Samsung para se tornar o maior fornecedor do mundo", avaliou Stanton.
