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Tales of Arise tem potencial para se tornar o melhor da série

Jogo será lançado para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One e PC

Por Diego Lima 17.06.2021 11H36

No topo da montanha, monstros atentos esperam pela hora certa de atacar viajantes deslumbrados com a paisagem. Árvores, cristais, riachos; um mundo charmoso envolve seis heróis que se uniram em nome de uma causa. Juntos, eles precisam lutar contra as criaturas selvagens para chegar até o destino marcado no mapa.

Os personagens com certeza são o ponto alto de Tales of Arise. Totalmente diferentes uns dos outros, seja no visual ou nas habilidades, cada um deles tem uma função na party. Law causa mais dano, Kisara aguenta mais dano, Rinwell consegue usar magia, Shionne consegue usar magia e atirar Alphen é mais equilibrado nas capacidades que possui, Dohalim tem ataques físicos de maior alcance.

Bandai Namco

Cabe ao jogador escolher qual será o personagem controlado (é possível trocar isso no menu da party a qualquer momento, evidentemente). Os demais, naturalmente, se tornam controlados pelo computador, mas é possível dar algumas ordens com as setas — em alguns casos, para ativar animações sensacionais de ataques em conjunto. O ideal é testar todos eles para saber com quem você mais se identifica.

Ver tantos heróis lutando juntos contra inimigos gigantes é impressionante. A chuva de efeitos visuais pode até oscilar, em termos de performance, mas a versão que o The Enemy testou ainda não era o jogo final. E, acredite: considerando a quantidade de elementos na tela, é impressionante que os quadros por segundo não teham caído ainda mais. O jogo completo deve ser simplesmente incrível. 

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Não bastasse a variedade de heróis, cada um deles ainda tem uma série de habilidades personalizáveis. Embora não seja possível avaliar quão demorado é o processo de conquistar todas elas (muitas estavam desbloqueadas na demo), a liberdade para moldar os heróis conforme desejamos aumenta a vontade de tentar de novo, de novo e de novo. No caso de Rinwell, por exemplo, é possível distribuir equilibradamente as magias ofensivas e de suporte ou simplesmente investir tudo em um lado só. As estratégias dependem apenas do jogador.

Se, por um lado, o aspecto estratégico e a variedade impressionam, a exploração poderia ser mais fluída — o que não muda, é claro, a beleza desse mundo 3D mesclado com a clássica estética de anime da Bandai Namco. É difícil se acostumar, por exemplo, com cenas de transição antes das batalhas quando os personagens entram em contato com um monstro. Parece um conceito antigo, sabe? Ao mesmo tempo, podemos encontrar algumas justificativas.

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Talvez não tenha sido possível alinhar a quantidade imensa de habilidades e estratégias (sério, é muita coisa) com maior fluidez na exploração. O mesmo vale para o fato de que, embora a party seja composta por seis pessoas, vemos apenas uma quando estamos explorando (as demais aparecem apenas no combate).

Aliás, o mapa é dividido por uma série de microrregiões, no maior estilo Final Fatasy XII. Em vez de ser tudo um mundo aberto contínuo, há potos de divisão com um pequeno tempo de carregamento entre eles. Novamente, talvez tenha sido uma forma de simplificar o que existe entre as lutas para que os combates em si sejam incríveis, mas está longe de ser algo tão prejudicial.

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Tales of Arise será lançado e 10 de setembro para PS5, Xbox Series, PS4, Xbox One e PC. Se você estava com saudade da série, prepare-se: o jogo tem potencial para ser o melhor da franquia.