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Riot Games deve informar funcionários sobre processo na Califórnia

Empresa é investigada por mesmo órgão que processou a Activision Blizzard

Por Victor Ferreira 17.08.2021 13H21

O Department of Fair Employment and Housing (Departamento de Emprego e Moradia Justa, em tradução livre), da Califórnia, intimou a Riot Games a informar seus funcionários sobre a investigação e ação legal que realiza contra a empresa por práticas trabalhistas ilegais.

Este é o mesmo departamento de governo que, em julho, abriu um processo contra a Activision Blizzard. A ação legal contra a Riot, por sua vez, foi aberta em fevereiro.

De acordo com um artigo do site Polygon, a produtora de League of Legends e Valorant deveria informar em 4 de junho para "avisar trabalhadores sobre seu direito de falar livremente com o governo sobre práticas ilegais no ambiente de trabalho."

Em um comunicado, o DFEH diz que ficou "alarmado com a linguagem dos acordos que sugeriam que funcionários não poderiam, voluntariamente e sinceramente, falar com o governo sobre assédio sexual e outras violações."

"Empregadores não podem impor uma penalidade a pessoas que se envolvam em atividades protegidas sob estatutos cumpridos pelo DFEH", diz o diretor do departamento, Kevin Kish. "A mera existência de acordos do tipo traz um efeito aterrorizante na vontade de indivíduos compartilharem informações que possam ser de importância ao DFEH enquanto buscamos avançar o interesse público na eliminação de discriminação empregatícia e assédio ilegal."

O processo contra a empresa alega "discriminação de gênero em decisões de contratação, pagamento e promoção; assédio sexual; e retaliação pela Riot Games contra suas funcionárias mulheres".

Em resposta, a Riot Games declarou que "nunca retaliou ou retaliará contra qualquer um por conversas com qualquer agência do governo", citando sua política em favor de "whistleblowers".

O representante da companhia também mostrou à Polygon emails internos avisando sobre a investigação do DFEH e avisando a funcionários que poderiam falar com a agência sem medo de represálias.

Em 2018, a Riot Games foi processada por funcionárias e ex-funcionárias da companhia, alegando discriminação de gênero e assédio sexual no ambiente de trabalho. Em 2019, o DFEH iniciou sua investigação contra o estúdio.

Em 2021, o CEO Nicolo Laurent foi investigado pord assédio, mas foi posteriormente inocentado pela investigação do caso.