CS:GO: Personalidades destrincham custo de um time internacional

O valor operacional estipulado para um ano foi superior a R$ 18 milhões

Por Jairo Junior 29.01.2022 01H12

Quanto uma organização brasileira precisa desembolsar em um ano para fazer rodar um grande projeto no cenário internacional de Counter-Strike: Global Offensive (CS:GO)? Este é o assunto e questionamento do momento na comunidade, que procurou ser respondido durante uma transmissão na Twitch, formada por personalidades que se reuniram para destrinchar os valores de forma que se espelhem na realidade.

O tema ganhou força na última sexta-feira (29), após o Blog do Chandy revelar que teve acesso a um documento feito pela staff do Last Dance, o qual apontava que o custo total da equipe durante um ano, giraria em torno de R$ 37,2 milhões. O assunto entrou em pauta rapidamente, gerou debates e até mesmo uma negativa de FalleN, que afirmou que o valor da matéria é "irreal".

Para contribuir de forma educativa com a discussão, o CEO da Gamers Club e Presidente do Conselho do MIBR, Fly, abriu uma live na Twitch e trouxe convidados que poderiam contribuir com diferentes pontos dentro do caso. Entre eles estavam o Diretor de Comunidade Negócios e Conteúdo do Gaules, Brexe, o CEO da Team One, Kakavel, o Diretor de Times do MIBR, Guizao, o comentarista Raules e o jornalista Jairo.

Para que o público pudesse acompahar e posteriormente ter acesso, foi feita uma planilha com os custos discriminados, assim como seus valores. Foram levados em consideração multas rescisórias dos times que precederam os jogadores, salários do time e staff, ajudas de custo, estrutura física, viagens, bootcamps, equipamentos, vistos e mais.

Ao final das anotações e contas, os valores - que foram estipulados com base no conhecimento de mercado dos participantes e sem grande preocupação de negociação para valores mais em conta - somaram R$ 18,161 milhões. Se comparado a matéria do Blog, o custo ficou cerca da metade do informado.

No entanto, novas considerações também foram feitas antes do encerramento da transmissão. Sem acesso ao tal documento, não é possível saber exatamente o que está imbutido nestes R$ 37,2 milhões. Isso quer dizer que, além de todo o custo operacional que foi levado em consideração durante a live, fortes detalhes não revelados podem ter feito a diferença. Entre eles foram levantadas as hipóteses de compra de vagas junto a uma grande organizadora como ESL ou BLAST e também a criação de um filme contando a história dos jogadores e do Last Dance. Em ambos os casos os valores podem ser exorbitantes.

Dentro dos esportes eletrônicos, é difícil que tais valores sejam revelados. Por isso, não com o intuito de contextar ou corroborar algo, como deixaram claro os envolvidos com a transmissão, o intuito principal do conteúdo foi trazer à tona informações que normalmente são negadas ao grande público.

Para consultar a planilha, basta CLICAR AQUI.