CS:GO: Afinal de contas, o que significa RMR?

Novo formato de classificação para o Major está chegando em sua reta final

Por Breno Deolindo 25.08.2020 14H12

Um dos cenários que mais teve de se adaptar à pandemia de COVID-19 foi o de CS:GO. Conhecido por torneios presenciais que reúnem os melhores times do mundo, a modalidade precisou adotar campeonatos online e regionais, já que longas viagens tornaram-se inviáveis no atual contexto.

As qualificatórias para o ESL One Rio não foram diferentes. O campeonato detém o título de Major, que aponta os torneios mais importantes no calendário anual do CS. Patrocinados pela própria Valve, esses campeonatos costumam acontecer duas vezes por ano e são considerados como o Mundial desse esport.

Inicialmente programado para maio, o Major do Rio de Janeiro teve de ser adiado para novembro, tornando-se o único Major de 2020 e mudando os formatos convencionais de qualificação. Os antigos Minors, torneios únicos e regionais que davam vaga na competição, foram substituídos pelo Regional Major Ranking, ou RMR.

O RMR é simplesmente um ranking que define os times classificados para o ESL One Rio. Sua pontuação é baseada em um circuito de campeonatos - que inclui o último Major, de Berlim - e, como o próprio nome diz, há um ranking para cada região do mundo: América do Norte, América do Sul, Europa, Ásia, Oceania e Comunidade dos Estados Independentes.

Claro, regiões mais consagradas no cenário mundial de CS:GO possuem mais vagas do que as tidas como mais fracas. A América do Sul, por exemplo, possui apenas um spot no Mundial, enquanto a Europa levará 11 times para o ESL One Rio.

Além do Starladder Berlin Major, são três torneios que fornecem pontos para o RMR, podendo variar de nomenclatura e organizador dependendo da região em que ele acontecerá; na América do Norte e Europa, por exemplo, o segundo torneio foi o cs_summit 6, enquanto a Ásia teve o Perfect World Asia League; a América do Sul, por sua vez, não chegou a ter o segundo torneio.

Naturalmente, os campeonatos fornecem diferentes pontuações de acordo com a performance da equipe - o time que ficou em primeiro lugar sempre ganhará uma quantidade generosa de pontos em comparação com o último. Para manter a competitividade alta, os últimos torneios do RMR também dão maior pontuação em comparação com os primeiros.

Ainda nesse ínterim, é importante citar que as equipes podem ser punidas por mudanças de elenco entre um RMR e outro, já que o grande intuito da Valve com esse sistema é avaliar a consistência de uma equipe durante um longo período de tempo, e não em um tiro curto como eram nos Minors. O primeiro torneio RMR aconteceu em maio, portanto, não são poucas as equipes que realizaram mudanças durante esse período.

O último e decisivo campeonato segue a mesma tendência dos anteriores, tendo diferentes nomes e formatos ao redor do mundo. Na América do Sul ele será o Tribo to Major, promovido pelo Omelete Company em parceria com o streamer Gaules; na América do Norte, onde os brasileiros da MIBR e FURIA competem, o torneio será o IEM New York.

Vale citar que essa é a primeira vez que a América do Sul possui uma vaga garantida no Major. Antes, os times locais precisavam disputar o Minor que reunia times de todas as Américas, elevando o grau de dificuldade.

A BOOM é a grande favorita para levar a vaga. O time ainda não perdeu um campeonato desde que chegou no Brasil, e precisa de uma catástrofe para não se classificar no Tribo To Major. O campeonato inicia sua fase de grupos no dia 18 de setembro, e sua finalíssima está marcada para 11 de outubro.

Na América do Norte, a MIBR está em situação bem complicada e precisa de um pequeno milagre para chegar ao ESL One Rio; a FURIA também está fora da zona de classificação, mas por apenas 25 pontos, tendo chances bem maiores de conseguir a sonhada vaga. O IEM New York está programado para começar no dia 6 de outubro, mas ainda não possui data para sua grande final.