Baguncinha evidencia o potencial do GTA RP no competitivo

Evento idealizado pelo Coringa mostra como o cenário de esportes eletrônicos pode se desenvolver no metaverso criado dentro do clássico da Rockstar

Por Gabriel Reis 12.11.2021 10H34

O GTA RP, que nada mais é do que um mod de GTA V que simula um metaverso, cresceu bastante durante a pandemia e isso não é novidade para ninguém. O entretenimento gerado pelas histórias, atrelado às competições que existem por trás das novelas, torna o produto algo único, com um potencial enorme, mas pouco explorado.

Recentemente, o Coringa, um dos brasileiros finalistas no Esports Awards, tirou do papel o Baguncinha 2.0, que nada mais é do que o seu evento competitivo de GTA RP, realizado com o apoio de duas gigantes: LOUD e Outplay.

Coringa e a França, sua facção, ergueram o troféu no Baguncinha 2.0 (Foto: LOUD)

O primeiro foi um sucesso e, depois de alguns meses, o segundo conseguiu ser ainda melhor. O grande diferencial do Baguncinha está no formato: Coringa não entrega somente a competição entre as facções, mas também o entretenimento que o público que o acompanha está acostumado a assistir frequentemente em suas transmissões.

O conteúdo é uma “fórmula de sucesso” inegável, principalmente quando os números são colocados na mesa. Baguncinha 2.0 foi assistido mais de 200 mil pessoas simultaneamente nos dois dias de evento, que reuniu as principais facções do Cidade Alta, o maior servidor de GTA RP no país.

O potencial competitivo

Há muitos fatores que colocam o GTA RP na prateleira do competitivo. Entre eles, está a liberdade de criação dentro da própria modalidade, uma vez que vários universos, com inúmeras propostas diferentes, podem ser desenvolvidos dentro do clássico da Rockstar.

Baguncinha abraça o PVP raiz e a disputa se divide entre trocação de tiro e corridas de rua, que acontecem em mapas desenvolvidos exclusivamente para receber essas competições.

O registro mais puro do presencial: comemoração, provocação e gritaria (Foto: LOUD)

O apoio dos torcedores - que abraçam seus influenciadores favoritos - na transmissão é essencial e evidencia ainda mais o potencial competitivo do GTA RP: as facções são como times e o Cidade Alta tem trabalhado cada vez mais para que isso se torne realidade e não uma mera comparação.

Do mesmo modo que você senta para torcer pelo seu time do coração em uma partida de League of Legends ou Free Fire, outra pessoa prefere acompanhar uma disputa entre facções rivais dentro do GTA RP. O conceito, no final das contas, é o mesmo.

O palco de Baguncinha 2.0 (Foto: LOUD)

Para fechar, volto a dizer: o ponto alto que evidencia o potencial competitivo do GTA RP é essa soma de competição e entretenimento, que tem se mostrado cada vez mais promissora no cenário de esportes eletrônicos, não só no GTA.

Coringa consegue fazer isso muito bem no Baguncinha, entregando competição - desde às disputas até as farpas que esquentam as partidas - e entretenimento, com uma aposta fortíssima na música, uma mistura de vários públicos, que não falha na maioria das vezes. MD Chefe e DomLaike, Tainá Costa, Kayblack, Kawe e MC Lipi foram os artistas que subiram que palco de Baguncinha 2.0, que ainda recebeu Guxta e Thaiga, dois músicos do selo da LOUD. O evento, na sua primeira edição, teve apresentações de Pedro Qualy, Kant e DJ Henrique Ferraz.

Thaiga e Tainá Costa cantaram "LALALA" ao vivo no palco de Baguncinha 2.0 (Foto: LOUD)

Cidade Alta como protagonista

Há inúmeros servidores em ascensão, mas o Cidade Alta com certeza se destaca e deve ser protagonista em uma eventual explosão do GTA RP no cenário competitivo. O trabalho que tem sido feito no servidor é ambicioso e mira, além da aprovação do público, às grandes marcas, que estão cada vez mais abraçando esse metaverso.

Em poucas palavras, as facções do Cidade Alta tem cada vez mais se comportado como organizações e a ideia é que isso se profissionalize cada vez mais, o que seria perfeito para a construção de um ecossistema competitivo de sucesso na modalidade.