O Six Major Suécia começa nesta segunda-feira e o The Enemy convidou Ique, analista nas transmissões oficiais de Rainbow Six Siege para analisar as chances de cada brasileiro em seus respectivos grupos. De acordo com o analista, o Grupo D, formado por FURIA, DWG KIA, Spacestation e Team Empire, é um dos mais difíceis da competição.

Ique acredita que, apesar de estar no “grupo da morte”, a FURIA não terá dificuldades para lidar com seus adversários, principalmente se os atletas conseguirem levar para o palco toda leveza e confiança que eles demonstraram nos últimos campeonatos que disputaram.

“A FURIA está numa linha sólida e constante de crescimento. Todo o time parece estar desempenhando extremamente bem. Encontraram sua identidade e estão evoluindo a cada dia dentro dela, cada jogador está utilizando seu estilo de maneira muito fluida, e o coletivo sabe variar entre aproveitar oportunidades emergentes e disciplina tática”, comentou.

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FURIA disputará o seu primeiro Six Major na Suécia. Foto: Divulgação/FURIA

FaZe Clan (Grupo A com Chiefs, Oxygen e Rogue), Team oNe (Grupo B com DarkZero, Team Vitality e SANDBOX) e NIP (Grupo C com BDS, Invictus e Soniqs) também passam tranquilamente da fase de grupos, aponta Ique. 

Para o time de cyber, campeão da última Copa Elite Six, o analista acredita que o desafio será muito mais interno do que externo: “Se eles forem capazes de levar toda a reformulação da comunicação para um Major, tem tudo para irem aos playoffs”, destacou.

Ique confia nos Golden Boys, mas destaca um ponto interessante: ao invés de undergod como no México, onde foram campeões sem nenhuma expectativa, Lagonis e companheiros chegam como um dos favoritos na Suécia.

“É o completo oposto, então, administrar essa expectativa e pressão, que vieram de forma meteórica, eu diria, é o grande desafio para esse time”, pontuou Ique.

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Team oNe foi de underdog a favorita em pouco tempo. Foto: Kirill Bashkirov/Ubisoft

O caso mais curioso, porém não tão preocupante, é o da NIP, que vem se mostrando uma equipe inconstante desde o último título na segunda edição da Elite Six. O histórico, no entanto, está a favor dos Ninjas, que como bem relembrou Ique, foi campeão mundial em circunstâncias adversas.

“Vale lembrar que a NIP chegou com essas mesmas características de um time inconstante no último Six Invitational, mas durante o evento, depois de algumas partidas decepcionantes, encontrou seu jogo e levantou o troféu. Fiquem de olho nos Ninjas, pois eles são um time totalmente diferente no presencial”, completou.

Quem chega mais bem preparado?

Para Ique, é difícil apontar quem chega mais bem preparado, uma vez que todas as quatro equipes esconderam táticas nos últimos campeonatos que disputaram. De qualquer forma, ele reforça que todos os times brasileiros chegam bem para a competição.

“Preparação é algo muito próprio de cada time, e as características que vimos em cada um dos classificados para o Major são suficientes para que eu diga que todos estejam num ótimo nível para encarar esse campeonato”, analisou.

“O que eu recomendo, em termos de preparação, é que fiquemos todos atentos às características que levantei sobre cada um dos times na pergunta anterior, sobre minhas expectativas de cada time na fase de grupos”, continuou.

O estilo de jogo brasileiro como referência

Reis do cenário internacional de Rainbow Six até o momento, os times brasileiros se tornaram referência para as equipes das outras regiões, que estão cada vez mais se adaptando às nossas performances. Ique prova isso usando como exemplo os Ninjas, que após terem sido campeões do mundo no SI, foram altamente estudados e counterados quando retornaram aos palcos internacionais no Six Major México. “O time mais visado nesse momento é a Team oNe, que levantou o troféu no último campeonato internacional”, previu Ique.

“Durante o evento no México, vimos times de outras regiões com posturas de bastante improviso arrancando rodadas e partidas dos times brasileiros de forma bastante imprevisível, puxando trocações e execuções bastante ousadas de acordo com o que rolava em cada rodada, ao invés de se aterem puramente à uma rígida execução tática. Essas são características que sempre vimos no estilo de jogo brasileiro, e que os times de fora tem cada vez mais incorporado no seu estilo de jogo”, destacou o analista.

Ique acredita que “essa ideia de que o nosso estilo está agora aberto e será estudado e incorporado por outras equipes não é difícil de prever, e os nossos times sabem que essa resistência será encontrada”. Para o analista, “a beleza de um FPS tático como o Rainbow Six Siege é estar um ou dois passos à frente do seu adversário”, algo que os brasileiros têm feito muito bem.

“Adaptabilidade é uma característica muito forte nossa, e acredito que conseguiremos entender e reagir rápido ao que os times de fora trouxerem de surpresas nesse Major”, finalizou.

O Six Major Suécia 2021 acontece entre os dias 8 e 14 de novembro, reunindo 16 equipes, com uma premiação total de US$ 500 mil, mais de R$ 2,7 milhões na cotação atual. Acompanhe todas as emoções ao vivo nos canais do Rainbow Six Esports Brasil no YouTube e na Twitch, onde está rolando Drops durante os jogos.